Moradores do Residencial Yaco, inaugurado há 9 anos, temem que o pior aconteça devido às condições estruturais do local.
Moradores do Residencial Yaco, em Rio Branco, denunciaram que enfrentam problemas com rachaduras na estrutura das casas. Ao todo, 56 famílias moram no residencial, financiado pela Caixa Econômica Federal e entregue pelo Governo Federal em 2008 para famílias com renda de até R$ 1.800.
As condições estruturais ameaçam as casas e fazem com que os moradores temam o pior. O Jornal do Acre 2ª edição mostrou a preocupação dos moradores.
A merendeira Francineia Oliveira conta que teve a casa tomada por rachaduras, trincas estão espalhadas por todos os cômodos. Ela e o marido precisaram sair do imóvel onde moram por conta do risco de desabamento.
“Eles [governo] não tomaram nenhuma providência de me tirar da casa, aí eu saí por conta própria. Aí disseram que tínhamos que sair daqui porque a casa pode cair a qualquer momento. Começou com uma rachadura, que ficou essas rachaduras grandes”, diz.
Francineia conta também que antes a casa não apresentava problemas e, somente depois de uma pintura, verificou o surgimento de rachaduras.
O laudo de vistoria da Caixa Econômica Federal, do dia 23 de agosto, demonstra que são necessários reparos no banheiro, quarto e corredor. Na conclusão, o técnico apontou que a casa está afundando o lado direito, o que pode ser o motivo das rachaduras.
Em documento emitido pelo Corpo De Bombeiros no dia 2 de setembro, problemas graves também são apontados na estrutura. O laudo de vistoria destaca que paredes da sala, cozinha e quarto apresentam trincas inclinadas e horizontais.
O imóvel não apresenta condições de habitação e necessita de interdição total, bem como correção das deficiências para a devida segurança estrutural da casa.
Outras casas da vizinhança apontam rachaduras na fachada e nas partes internas. A secretária Artemisia Farias, que mora no Residencial desde 2009, explica que as rachaduras começaram a surgir neste ano, nas paredes e no piso da garagem.
“Começou agora e a preocupação é grande. O medo é de cair em cima da gente. Esse é o medo que nós temos”, fala.
O espaço de lazer do residencial também está comprometido, pois rachaduras podem ser vistas em vários lugares e de forma muito aparente. Os moradores se reúnem aos fins de semana para confraternizações, mas o Corpo de Bombeiros esteve no local e disse que a estrutura está ameaçada.