Cristiane Neris já viajou para o Peru, Camboja e Tailândia. Professora conta que prefere destinos internacionais, pois o custo para viajar pelo Brasil é alto.
A professora Cristiane Neris relata que já viajou para 28 países e ainda sonha em conhecer outros locais. Entre as experiências vividas, ela destaca ter conhecido o deserto mais antigo do mundo na Namíbia e também lugares históricos como as ruínas de Machu Pichu, Camboja e o Grand Palace, na Tailândia.
Ela conta que toda a viagem envolve um processo de organização, como pesquisa de rotas, passagens e custos com estadia. Apesar de ter viajado tanto para fora do país, Cristiane conhece pouco outros estados do Brasil.
Entre as viagens dentro do país, ela cita a ida a Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. O motivo para buscar destinos no exterior é o custo que é mais baixo, segundo ela.
“A gente tem menos rotas, então o preço é mais elevado. E como o Brasil é um destino turístico, é muito visado pelos turistas estrangeiros. Assim, os preços são elevados em relação a alguns países”, lamenta.
![Profesorra já passou por 28 países (Foto: Reprodução/Rede Amazônica ) Profesorra já passou por 28 países (Foto: Reprodução/Rede Amazônica )](https://s2.glbimg.com/GG3O4x0AlEJukEzqyJqe83RMGNQ=/0x0:996x753/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/E/t/b2I55GTmSjz1jf12Hn0w/foto-2.jpg)
Profesorra já passou por 28 países (Foto: Reprodução/Rede Amazônica )
Alto custo
Até para se deslocar dentro do estado, as passagens atingem preços elevados. Em uma simulação, feita pela equipe de reportagem do Jornal do Acre 1ª edição, a passagem para uma viagem com saída de Rio Branco para Cruzeiro do Sul se equipara ao valor de passagens aéreas para fora do Acre.
Caso a professora escolhesse viajar de carro ou ônibus ela também enfrentaria dificuldades como as condições de tráfego da BR-364, por exemplo. Esta região da Floresta Amazônica possui muitos atrativos turísticos, mas as dificuldades acabam afastando os visitantes.
“Temos uma gastronomia diferenciada com influência do Peru, Bolívia e também das culturas libanesa e portuguesa. Isso é diferente dos demais estados da Amazônia. Temos o misticismo com os geoglifos, tribos indígenas e os festivais indígenas”, destaca a secretária de Turismo e Lazer, Rachel Moreira.
Mesmo diante dos cenários ricos, o turismo que tem mais força no Acre é o de negócios. Com tantas dificuldades de entrar no estado, fica valendo a frase “aqui só entra quem tem negócio”. Isso impacta diretamente no rendimento do turismo local.
“Para fazer o turismo, é preciso ter estrutura. É um absurdo que para sair do Acre para Porto Velho (RO) seja preciso ir em Brasília e voltar. Mas, isso é uma política que precisa ser discutida além do Acre, é algo que precisa ser discutido no Brasil como um todo”, finaliza Rachel.