O empresário e advogado Altair Perondi foi preso nesta quarta-feira (25) pela Polícia Federal, em Campo Grande. Ele é um dos alvos da Operação Asfixia, desencadeada pela superintendência de Polícia Federal do Acre, e que combate esquema de irregularidades na contratação de serviços de fornecimento e manutenção de cilindros de oxigênio medicinal, utilizados na rede pública de saúde acreana.
Foram cumpridos, ao todo, quatro mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária, 13 de condução coercitiva e seis de busca e apreensão.
O mandado contra Perondi, conforme apuração, seria o de prisão temporária. Ele está detido na Superintendência Regional de Polícia Federal, em Campo Grande.
Cilindros adulterados
Entre as fraudes constatadas, segundo a CGU, estão a adulteração de cilindros de oxigênio, mediante transvase – quando o produto é transferido para outros cilindros em quantidade menor-, sobrepreço em atas de registro, possível favorecimento a empresas suspeitas e deficiência nos controles de entrega dos cilindros contratados.
Além de Rio Branco e Campo Grande, também houve cumprimento de mandados no Estado do Ceará.
As irregularidades, conforme informações da Controladoria Geral da União, foram verificadas em contratos da Secretaria de Saúde do Acre. Os técnicos constataram preços superiores aos praticados no mercado.
O superfaturamento foi de R$ 670 mil, em contratos que, somados, têm valor de aproximadamente R$ 10 milhões.
Oxigênio
Na rede social Linkedin, Perondi se apresenta como diretor jurídico da Oxinal Oxigênio Nacional Ltda. A empresa é especializada em concentradores de ar e ar medicinal.
Perondi, até a década passada, era um dos proprietários do grupo Matosul, que tinha entre seus negócios principais o comércio de grãos e revenda de automóveis.
Fonte: Correio do Estado