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Polícia do Amapá é a que mais mata no Brasil, diz ranking anual de segurança

Foram 7,5 mortes em ações policiais para cada 100 mil habitantes em 2016. Secretaria de Segurança informou que apura casos para verificar se houve excesso por parte dos policiais.

As forças policiais do Amapá são as que mais matam no Brasil, de acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que reuniu casos de 2015 para 2016. A taxa de mortes em ações policiais no estado foi de 7,5 em 2016. Ou seja, a cada 100 mil habitantes, 7,5 morreram por decorrência de ação policial. A média nacional é de dois casos para cada 100 mil habitantes.


Em números absolutos, 19 pessoas foram mortas em ações da Polícia Militar em 2015. Em 2016, o número de mortes saltou para 58. Em ações da Polícia Civil, somente um caso foi registrado no mesmo período.


Familiares de vítimas alegam que são homicídios de pessoas suspeitas de participarem de crimes, que já foram feridas ou alvejadas sem qualquer aviso prévio.


Em muitos casos, policiais chegaram a simular tiroteios e os episódios são registrados como mortes em decorrência de confrontos, como o caso de um adolescente de 16 anos morto em janeiro deste ano. “Eu abri a venesiana do lado, quando vi eles colocarem a arma na mão do meu irmão e atirarem na parede. Depois forjaram o tiroteio”, contou a irmã da vítima ao Fantástico.


O relatório aponta, ainda, que uma pessoa foi morta em 2015 por um policial militar que estava fora de serviço. Autoridades da Justiça dizem que quase não há punições nesses casos, porque são registrados como confrontos e investigados pela própria polícia.


A Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que apura cada caso para verificar se há excesso por parte dos policiais. Segundo o Fórum Brasileiro, as Polícias Militar e Civil mataram 4.224 pessoas no país em 2016, o maior número registrado em oito anos.


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