Prisões ocorreram nesta terça-feira (31). Investigação já tem dois meses, segundo a polícia.
A Polícia Civil do estado do Acre desarticulou um esquema de roubo de veículos na manhã desta terça-feira (31). Ao Jornal do Acre 1ª edição, o delegado do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, Alcino Souza, explica como foi a operação para desmontar o esquema de roubo de carros e motos na capital e informou que, pelo menos, mais duas pessoas foram conduzidas após as investigações que apontaram ser elas as que contactavam as vítimas.
O delegado diz que a Polícia Civil, por meio do departamento de inteligência, e a divisão de investigação criminal, vem investigando há cerca de dois meses a receptação de veículos e motos no país vizinho, na Bolívia e a participação de brasileiros e bolivianos, no sentido de recuperar esses carros em um método mais tradicional da extorsão.
“Hoje, pelo menos, o Riderson Rocha, que para nós é um dos principais negociadores, é uma pessoa que 24 horas depois do roubo do veículo já começava a mandar a fotografia desse carro e começava a cobrar valor da própria vítima. Então, pessoas que estiverem atuando nesse sentido, vítimas que eventualmente sejam contactadas, procurem a polícia para que a gente possa fazer esse acompanhamento e fazer a responsabilização desses criminosos”, explica.
O delegado disse que a investigação está só no início, mas que já conseguiram dar um corte na pessoa que fazia a travessia, a negociação com as vítimas e recebia o carro logo depois que não havia negociação no país boliviano.
Quando um carro não era negociado, de repente, braços da quadrilha passavam a atuar na região de fronteira, contactavam a vítima e passavam a extorquir, cobrar valores para que o carro fosse devolvido. Segundo o delegado, existe um braço muito maior, inclusive em outros estados.
Para devolução do carro, o valor exigido às vítimas variava de acordo com a categoria do veículo e valor de mercado no país vizinho, segundo relata o delegado.
“Mais que fique muito claro, era uma prática e é uma prática que a gente precisa coibir. O Brasil possui acordos bilaterais com o país boliviano. O estado do Acre já firmou esse tipo de parceria para uma devolução mais eficiente e a gente diz, qualquer pessoa que esteja nessa prática está incidindo em crime”, finaliza.