Plantas, raízes e frutas não convencionais são usadas para fazer pratos exóticos em Rio Branco

Pratos são servidos no 4º Simpósio Acreano de Engenharia Agronômica da Ufac. Evento traz pratos e até sorvete preparados com plantas para uma alimentação mais saudável.

Taioba, cará, aloá e hibisco são algumas das plantas e raízes alimentícias não convencionais expostas no 4º Simpósio Acreano de Engenharia Agronômica, na Universidade Federal do Acre (Ufac). Com o tema ‘Alternativas para produção eficiente’, o evento traz pratos e até sorvete preparados com plantas para uma alimentação mais saudável.


A chef de cozinha Izanelda Magalhães foi uma das convidadas para o simpósio. Ela falou que as plantas eram usadas pelos acreanos nas décadas de 70 e 80. Para a chefe, o evento é uma oportunidade de resgatar a memória afetiva dos acreanos.


“Existe uma recordação da memória gustativa afetiva do acreano, e isso se consumia bastante na década de 70 e 80 e agora com as facilidades que temos, acabamos esquecendo alguns tipos de alimentos. A gente vem trazendo esses produtos para resgatar a memória afetiva dos acreanos, trazer um pouco da digital acreana nos pratos que estão sendo consumidos e também descobrir novas plantas para termos no consumo do dia a dia”, explicou.


A professora Almecina Balbino falou que, atualmente, as plantas são encontradas em mercados locais, feiras de produtos orgânicos e até em terrenos baldios.


“São plantas que eram usadas antigamente pelos nossos avós, pelas comunidades tradicionais e hoje estamos resgatando a gastronomia local. São plantas que já eram usadas e mais nutritivas. O prato que você prepara com batata, você pode preparar com cará, ou com a taioba. No lugar de usar couve, pode usar folha da taioba”, complementou.


Na mesa exposição, o visitante pode provar aloá de abacaxi, sorvete de hibisco, entre outros alimentos não convencionais em versões de pão e purê. Um grupo de 50 alunos foi à exposição e disse o que achou dos pratos.


“Gostei muito do pão, achei um sabor muito diferente, queria comer todo dia no café da manhã. Gostei muito do aloá, primeira vez que provei e é muito saboroso. Devemos valorizar esses tipos de atitude, os povos tradicionais, esses alimentos como alternativa, pois valorizam a Amazônia, um recurso nosso, então, atitudes como essa são valorizadas demais”, contou o estudante Davi Fontenelle.



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