Pimenta: “Pintar o Che Guevara no muro é revolucionário; outdoor do coronel Ustra é crime!?”

Se não fosse ignorância, seria pura má-fé!. Um pouco de história não faz mal a ninguém

A esquerda indignada


Representantes da UNE (União Nacional dos Estudantes) da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), da UJS (União da Juventude Socialista) e da Ubeme (União Brasileira de Mulheres) procuraram o Ministério Público do Estado do Acre nesta terça-feira (17) para reclamar – ora, veja o leitor! – de um outdoor que homenageia o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.


Cadinho de história


Um pouco de história não faz mal a ninguém. Vamos, então, de Wikipédia para conhecermos quem foi o coronel Ustra. Segue nas notas abaixo trechos da biografia daquele que foi homenageado no outdoor da discórdia.


Anticomunista


“Em 2008, Ustra tornou-se o primeiro militar a ser reconhecido, pela Justiça, como torturador durante a ditadura. Embora reformado, continuou politicamente ativo nos clubes militares, na defesa da ditadura militar e nas críticas anticomunistas”.


Chefe do DOI-CODI


Segue o artigo sobre o coronel reformado: “De setembro de 1970 a janeiro de 1974, Ustra chefiou o DOI-CODI do II Exército (São Paulo), órgão encarregado da repressão a grupos de oposição à ditadura militar e aos grupos de esquerda que atuavam na região. No mesmo período, a Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo reuniu 502 denúncias de tortura no DOI-CODI paulista”.


Morte aos 83


“[Carlos Alberto Brilhante Ustra] Morreu aos 83 anos, em 15 outubro de 2015, em razão de uma pneumonia, vítima de falência múltipla de órgãos após algumas semanas de internação hospitalar. Sua morte foi lamentada por setores da sociedade como um símbolo da impunidade aos responsáveis pelos assassinatos e torturas cometidos pela ditadura militar”, diz outro trecho da Wikipédia.


De volta


Pois bem. A turma de adolescentes e marmanjos que foi ao MPE deplora o curriculum de Ustra por nele – supostamente – constar a morte e o desaparecimento de dezenas de militantes de esquerda que, sabidamente, tentavam transformar o Brasil da década de 60 na Cuba dos irmãos Castro e na Venezuela de hoje.


Apologia


A alegação é de que houve, na homenagem feita ao coronel, “apologia à tortura e ao regime militar”.


É cada coisa!


Pois bem, os marmanjos e os adolescentes que servem ao PT e aos demais partidos de esquerda acham o cúmulo da sem-vergonhice – a ser punida com o rigor da lei – afixar um outdoor com a foto de Ustra. Mas creem dentro da normalidade a propagação de ideologias gestadas nos governos de Josef Stalin, na União Soviética, e de Fidel Castro, na Venezuela.


Genocida


Segundo cálculos feitos por quem se dedicou a estudar os regimes socialistas e comunistas mundo afora, Stálin deveria responder por cerca de 20 milhões de assassinatos cometidos sob os seus tacões. Trata-se, portanto, do maior genocida da história da Humanidade. Diante dele, Hitler ganha a aparência de um pistoleiro de aluguel do nordeste brasileiro.


Venerável Cuba


Em Cuba, os números não são tão prolíficos, mas estão muito além dos 300 mortos pela ditadura militar no Brasil – alguns falam em mil e poucos. Segundo Armando M. Lago, que em 2004 presidia a Câmara Ibero-Americana de Comércio e era consultor do Stanford Research Institute, o número de fuzilados sob o regime castrista ultrapassa os 5,6 mil. Além desses, há os presos políticos mortos no cárcere por maus tratos, falta de assistência médica ou causas naturais: 1.081.


Esquerda ou direita?


Somem-se aos anteriores os mortos ou desaparecidos em tentativas de fuga do país (77.824 pessoas) e teremos a verdadeira noção de quem faz apologia à tortura – se a esquerda ou a direita brasileiras.


Maquiavel de frauda


Ora, pintar o rosto de Che Guevara no muro de uma abastada residência do elegante condomínio Ipê é revolucionário; afixar outdoor com o retrato de Ustra é crime! Não fosse a ignorância da garotada, este colunista diria que são todos muito maquiavélicos.


Conselho grátis


Uma dica aos promotores do Ministério Público Estadual: se não conhecem a biografia de Stalin, Lênin, Fidel Castro e Che Guevara, que tratem de buscar informações sobre eles e suas vítimas fatais. Só assim verão que homenagear Brilhante Ustra é café pequeno perto do que significa ostentar a carranca de Guevara numa camiseta ou pintá-lo no muro entre botos, índios e tucunarés.


Deplorável


O mais absurdo, o mais indignante e lamentável é constatar que a garotada da UNE, UBES e UJS, entre outras entidades de esquerda, é capaz de ir ao MP em busca de providências contra um simples outdoor, mas nada fazem diante dos quase 300 homicídios que presenciaram no Estado só neste ano – que ainda não acabou.


Cadê vocês, pimpolhos?


E onde estarão esses rebentos comuno-petistas sempre que um jovem da idade deles é assassinado sob a letargia dos nariz adunco dos nossos atuais governantes? E por que cargas d’água não se mobilizaram para ir ao MP em busca de providências contra o Estado que não garante a segurança dos seus cidadãos? Ganha um doce o leitor que nos responder a essas duas perguntas…


Acerto


Em que pese as metáforas exageradas e as afirmações desarrazoadas, o vereador N. Lima (sem partido) acertou ao comparar o governador Tião Viana a um pavão sempre que fala sobre a vinda do presidente Michel Temer ao Acre.


Parece outra pessoa


É tamanho o entusiasmo do nosso governante que nem parece que nas redes sociais ele costuma se referir a Temer como “golpista”. E foram precisos dois eventos de grande porte – a acontecerem no Acre nos dias 26 e 27 deste mês – pra que Tião tivesse o estalo sobre a nossa real situação no que tange à segurança pública.


Lavando as mãos


A vinda de Temer é a salvação da lavoura petista, ora pois! Em dando errado daqui pra frente o combate à bandidagem, bastará recorrer à figura do peemedebista para evocar o culpado pelo fracasso.


É ou não é?


Em resumo, Sua Excelência, o governador do Acre, é um sujeito de sorte. A vinda de Temer lhe tirará dos ombros o peso da criminalidade que grassa na capital e nos municípios do interior, permitindo-lhe tomar cafezinho com os aliados enquanto finge que nada de anormal acontece entre nós.



Compartilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn

Últimas Notícias