Pelo menos 800 pessoas estão na fila de espera da oficina ortopédica no AC; MP investiga

MP diz que vai adotar medidas para eliminar fila de espera por cadeiras de rodas, órteses e próteses. Problema ocorre desde 2014.


O Acre tem à disposição da população uma oficina ortopédica para fabricar, de graça, equipamentos para pessoas que possuem algum tipo de deficiência. Os pacientes recebem a indicação de um médico da rede pública e são encaminhados para fazer um cadastro no espaço. Mas, desde o ano de 2014 a demanda vem aumentando.


A oficina ortopédica do estado tem pelo menos 800 pessoas com algum tipo de deficiência à espera de órteses, próteses e equipamentos que vão ajudar na locomoção do dia a dia. Mas o problema mais grave está na entrega de cadeiras de rodas. A situação foi parar no Ministério Público estadual.


“Nós estamos com um atraso aí, de alguns anos, de cadeiras de rodas e isso não cabe à nossa unidade fazer a compra, nós apenas fazemos o cadastro e aí é encaminhado à Secretaria de Saúde para que seja feita a compra desta cadeira para que possamos disponibilizar a esses pacientes”, explica o gerente da oficina, Leyf Barros.


O quadro de funcionários é pequeno, mas nem tudo depende apenas daqui, é o que explica o gerente da fábrica.


“Como a gente sabe, o processo licitatório é um pouco demorado, então, o prazo vigente varia muito, de quatro a seis meses , esclarece.


O caso envolvendo uma criança que está há 4 anos na fila de espera, aguardando por uma cadeira de rodas, chamou a atenção do promotor de Justiça, Rogério Voltolini.


“Quatro anos aguardando e ainda na fila de espera, na posição 560, é algo inaceitável. O objetivo da promotoria de Defesa da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência junto da Promotoria de Direitos Humanos é eliminar a lista de espera para esse tipo de material, cadeira de rodas, órteses e próteses em todo o estado do Acre”, diz o promotor.


O Ministério Público já pediu à Secretaria Estadual de Saúde o número de pessoas que estão à espera dos equipamentos.


“O próximo passo agora é aguardar a oficina ortopédica nos informar o tamanho real dessa fila de espera e, a partir de então, vamos nos reunir com os gestores e estabelecer metas e formas de diminuir essa lista de espera até que chegue a zero”, afirma Voltolini.


A população também precisa ficar alerta e devolver os aparelhos quando não estiver mais utilizando.


“Quando o governo entrega uma cadeira de rodas, uma órtese, uma prótese, uma muleta, ele não está doando, está emprestando, é um comodado. No contrato, a pessoa é obrigada, quando não tiver mais usando, devolver”, adverte o promotor.


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