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No Acre, agente do Detran reutiliza placas de trânsito velhas para fazer pranchetas e doar a amigos

Carlos Jorge Saboia Araújo cobra apenas um valor simbólico de R$ 3,50, custo que ele tem para comprar clip que prende o papel.


O agente da Coordenadoria Integrada de Fiscalização de Trânsito do Detran Acre (Ciftran) Carlos Jorge Saboia Araújo, de 50 anos, teve a ideia de reutilizar placas que não tinham mais utilidade para sinalização e transformá-las em pranchetas. O material quando pronto é doado aos amigos. Araújo cobra apenas um valor simbólico de R$ 3,50, custo que ele tem para comprar clip que prende o papel.


O agente conta que a ideia surgiu há ao menos oito meses, quando ele percebeu que as placas de trânsito eram recolhidas por não servirem mais na sinalização de trânsito, seja pela ação do tempo ou por ação de vândalos e acidentes.


“Percebi que eles [Detran] iam recolher e estavam mandando para o lixo, aí eu fui e pedi permissão do pessoal da engenharia, que faz o recolhimento, se eles me davam aquelas placas e disseram sim. Antes de eu ir para o setor público, eu era marceneiro, aí tenho um ateliê na minha casa e é lá que faço as pranchetas”, diz.



Araújo explica que antes as placas eram feitas de uma chapa de ferro, mas atualmente são produzidas com um material que é muito duro e resistente, que pode até deixar de molho na água. Segundo ele, por não quebrar com facilidade e ter um custo menor, o produto é melhor do que o das pranchetas feitas de látex ou de acrílico vendidas em papelarias e disponibilizadas no mercado custando em média R$ 11.


“Todo agente de trânsito tem por necessidade o uso da prancheta. Os colegas acharam interessante, então, comecei a fazer para eles. A única coisa que peço é o custo do clip para prender o papel. Hoje praticamente todo agente de trânsito tem uma, mas também está aberto para quem deseja adquirir. É só me dar o clip que eu faço com o maior prazer”, fala.



Araújo conta que não gosta de ficar com a mente desocupada, que procura sempre fazer alguma coisa e produzir as pranchetas foi uma maneira de se distrair e de relaxar também, já que a rotina de um agente de trânsito é muito desgastante.


A ideia das pranchetas foi bem aceita mas, no momento, o agente produz apenas para os colegas de trabalho. Araújo recolhe as placas, leva para casa e quando alguém precisa de uma prancheta ele produz. O processo de produção é simples e compreende basicamente em fazer o corte da placa na medida certa e lixar para depois aplicar o clip.


“Todo mundo gostou, os que não têm me procuram, os que ainda estão desavisados ficam sabendo e perguntam é tu que faz? Quanto é? Eu digo é só pagar o clip mesmo. Eu também arrumo alguma prancheta que já tiver estragada, pois também dá para aproveitar”, finaliza.



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