Elvira Luzia diz que aguarda medicamento desde abril e tem contado com o apoio apenas de amigos e familiares para não parar tratamento; medicação custa cerca de R$ 200.
A vendedora Elvira Luzia Silva de Oliveira, de 41 anos, reclama da falta de medicação para tratamento de lúpus, na rede pública de saúde. A paciente, que está internada no Hospital das Clínicas, em Rio Branco, afirma que aguarda o medicamento desde abril. A medicação custa em média R$ 200.
Ao G1, a Secretaria estadual de Saúde (Sesacre) negou que o medicamento esteja em falta e afirmou que está disponível para todos os pacientes cadastrados para recebê-lo.
Elvira conta que foi diagnosticada com lúpus eritematoso sistêmico (LES) desde 2015. Caso ela não consiga a medicação Azatioprina, de uso contínuo e que deve ser usada pelo resto da vida, pode sofrer perda de função renal, além de ter agravamento do quadro clínico e possível necessidade de voltar a fazer hemodiálise.
“Estou recebendo ajuda de doação, tem um colega que toma e disse que comprou o suficiente e me doou. É uma medicação um pouco cara”, fala.
Elvira afirma que já foi no Centro de Referência para o Programa de Medicamentos Especializados (Creme), mas ainda não conseguiu o remédio.
A sobrinha da paciente, Alexsandra Oliveira da Silva, de 24 anos, conta que a situação é complicada, pois além do cansaço sentido pela tia, a barriga está inchada. Para ajudar a tia, Alexsandra fez uma publicação no Facebook, contando com a solidariedade do público. Apesar das doações, a sobrinha comenta que cada cartela dura apenas 15 dias, porque o remédio precisa ser tomado três vezes ao dia pela tia.
“Agora mesmo estamos indo no Ministério Público do Acre dar entrada, para ver se a gente consegue os remédios dela pelo Estado. Lá no Creme a gente eles não dão resposta de nada, não liberam e nós ficamos sem saber o que fazer”, lamenta.