Daniel de Oliveira Leite foi encontrado morto na noite de terça-feira (17) no Residencial Santa Cruz, em Rio Branco.
A dona de casa Maria Dalva, de 43 anos, alega que a filho Daniel de Oliveira Leite, de 19 anos, não foi morto por membros de facção criminosa, mas sim pela polícia.
Segundo Maria, o jovem foi ameaçado de morte por policiais há três meses e novamente na semana passada. Leite foi encontrado morto na noite de terça-feira (17) no Residencial Santa Cruz, em Rio Branco.
O Comando da Polícia Militar disse, por meio de nota, que considera muito grave a denúncia e aguarda que o registro na Corregedoria Geral seja feito o quanto antes, mediante a apresentação de provas que a sustente.
“Ele chegou em casa por volta das 19h, tomou um banho, jantou e disse: ‘mãe, vou aqui na casa da minha namorada e, quando for daqui pouco, volto para casa porque tenho que trabalhar amanhã’. Saiu para ir na casa da namorada. Então, os amigos chamaram para tomar tererê, depois recebi a notícia de que tinham matado ele. Os policiais já tinham dito que iam matar ele, só iam sossegar quando matassem”, falou.
Maria afirmou ainda que a equipe da Polícia Militar que atendeu a ocorrência foi agressiva e bateu em três parentes dela. A mãe confirmou que Leite teve envolvimento com crimes, mas que iria começar a estudar e serviria o Exército Brasileiro a partir de janeiro de 2018.
“Ontem [terça, 17] à noite agrediram meus três irmãos, queriam agredir minha mãe. A polícia tacou a mão no meu irmão, que é pastor, que ele caiu lá na frente. Agrediram porque queríamos chegar perto do corpo do Daniel. Quando ele era mais novo teve um problema com companhias erradas. Não tenho medo de falar porque não adianta esconder e passar por mentirosa, ele se meteu com coisas erradas. Mas, ia fazer faculdade, era estudante”, acrescentou.
Abalada com a perda, Maria diz que deve procurar as autoridades para formalizar uma denúncia contra a polícia. Ela liberou o corpo do jovem do Instituto Médico Legal (IML) nesta quarta (18).
“Mataram o sonho do meu filho. Vou dar um tempo, baixar a poeira. Quem viu vai me contar, tenho certeza. Estão dizendo que foi facção, não foi facção. Não foi facção que matou meu filho, tenho certeza que foi policial. Um policial tinha dado um aviso para ele na semana passada. Ele me contou tudo, que tinha um policial perseguindo ele”, concluiu.