Nos tempos de crise, nada melhor do que economizar, e economia acompanhada de conforto é uma coisa que ninguém resiste. Pensando no seu bolso e na sua comodidade, foi criado o aplicativo Mototáxi Porto Velho, que já foi acatado e regulamentado pela Semtran e tem total apoio do Sindicato dos Mototaxistas.
Em entrevista, Marcelo de Oliveira, representante atual do aplicativo, contou que até o momento apenas usuários do sistema Android podem realizar o download, mas o lançamento para iOS estará disponível até o dia 20 de novembro.
O aplicativo possui um sistema muito semelhante ao do Uber, em que o cliente dá seu local de partida e destino, automaticamente calcula-se o preço da corrida de acordo com a tabela da Semtran e este é apresentado ao cliente antes de confirmar o pedido.
De acordo com Oliveira, o fato de a tabela da Semtran tarifar um valor bem abaixo do comum, faz com que o aplicativo proporcione a seus usuários uma economia de 20% comparada às corridas tradicionais.
“Infelizmente o serviço de mototáxi se degradou pela questão do seu preço, alguns mototaxistas não tem noção de que aquela pessoa que faz uso das corridas é uma dona de casa, um estudante que não tem tanta condição, ou seja, são pessoas mais humildes. E você pagar de R$15,00 a R$20,00 supondo-se que utiliza o serviço quase à semana toda, duas a três vezes ao dia não tem como dar certo, por isso o aplicativo está aí, para apresentar a esse público um serviço melhor, com um preço mais justo”, explica Marcelo.
Foi realizado um teste com a equipe do jornal para ver a diferença de preço junto ao Uber, principal concorrente da categoria. Em nosso teste, o valor da corrida para o endereço desejado, no aplicativo Uber ficou em R$13,22. Já no aplicativo Mototáxi Porto Velho ficou por R$10,97. Preço bem abaixo da concorrência.
Através da plataforma o serviço também pode ser melhorado, pois o sistema possui um cadastro e neste é averiguado se o mototaxista está cumprindo o padrão de higiene exigido e se comporta no trânsito. De acordo com o representante, existe a classificação para o capacete, para o atendimento e para a moto, onde o usuário estará dando sua opinião sobre cada quesito. Caso o mototaxista esteja com as pontuações baixas, este poderá ser desvinculado do aplicativo.
“Nós conseguimos este aplicativo pela economia que ele trás ao passageiro, não é o aplicativo em si, mas sim a tabela da SEMTRAN, que é o impasse dos mototaxistas que queriam usar a tabela decorrente de quilometragem, ou seja, tinha que marcar no painel e mostrar para o passageiro e daí tirar o preço. Eu fui um dos primeiros a falar que aquilo ali era uma forma de enganar as pessoas, afinal de contas, nem todo mundo sabe como funciona a quilometragem de uma moto e é aí que está o problema. Então essa tabela (Semtran) foi rejeitada por todos, até mesmo porque ninguém queria cobrar um preço tão baixo, foi aí que o Uber chegou e todos viram que realmente teria que abaixar o valor, pois perdemos aproximadamente 60% dos nossos passageiros por causa de preço”, completa Marcelo.