Secretaria de Saúde alega que falta de interesse em licitação causou problema. Além da falta de medicamentos, o aparelho de radioterapia estaria operando com baixa capacidade.
Os pacientes da Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) no Acre enfrentam um grave problema. A unidade de saúde está sem medicamentos para os pacientes que fazem tratamento contra o câncer.
Além da falta de quimioterápicos, o aparelho de radioterapia do local estaria operando com baixa capacidade, já que as condições do equipamento não seriam boas.
A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) explicou que a falta de remédios ocorre porque nenhum fornecedor ficou interessado em participar de duas licitações para aquisição dos produtos, o que é denominado como deserto.
De acordo com a pasta, a compra só pode ser feita por meio de licitação. Mas, para resolver o problema, a Sesacre garantiu que uma compra emergencial vai ser feita.
Para isso, a secretaria encaminhou um pedido de aquisição emergencial Procurada Geral do Estado (PGE), que é responsável por emitir decisões do tipo. Caso a PGE aprove a solicitação da Sesacre, a compra dos remédios vai ser feita sem licitação.
A Saúde afirmou que a aquisição de emergência vai adquirir medicamentos suficientes para manter o estoque do Hospital do Câncer até uma nova licitação.
O assunto foi abordado na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) pela deputada Eliane Sinhasique (PMDB). Ao G1, ela disse que, durante uma visita a Unacon, vários pacientes reclamaram que ao solicitarem os remédios não conseguiam.
Além disso, segundo a parlamentar, outra reclamação das pessoas é as condições do aparelho de radioterapia da unidade hospitalar.
“Eu já tinha recebido algumas ligações. Resolvi ir a Unancon e quando cheguei na entrada do local um senhor me disse que tinha ido tomar a medicação, mas não conseguiu porque ela tava em falta. Conversei também com outros pacientes e enfermeiros [o mesmo problema foi relatado]. Falei com a diretora do Unacon e ela me confirmou que as licitações estavam desertas”, finalizou Sinhasique.