Delegado disse que estudante tem nome, apelido e mora no mesmo bairro que homem procurado pela Justiça; ‘Nunca tinha passado uma humilhação dessas na minha vida’, disse Elizeu Freitas.
O estudante de agronomia Elizeu Freitas, conhecido como Zeu, de 24 anos, disse que foi preso nesta quinta-feira (26) após ser abordado pela Polícia Militar em Cruzeiro do Sul. O jovem conta que os policiais perguntavam por drogas e armas durante a prisão. Na delegacia a surpresa, Freitas seria um dos comandantes de uma facção criminosa que atua na cidade, acusação que ele nega. No outro dia, foi descoberto o engano.
O G1 entrou em contato com a assessoria da PM e foi informado que a corporação vai se inteirar sobre o caso e se posicionar posteriormente.
Freitas conta que estava chegando na casa da tia e, no momento em que foi abordado pelos policiais, informou o nome e foi quando a confusão começou. “Eu tinha saído para pagar um boleto, quando cheguei na casa da minha tia eles já chegaram e me prenderam”, afirma.
O estudante conta que foram os momentos mais tensos que viveu e que temia pela própria vida. “Quando cheguei na delegacia sofri um constrangimento muito grande, eles me ameaçaram, colocaram a arma na minha boca e diziam que eu era perigoso sendo que eu não sou nada disso”, afirma.
Após ouvir os depoimentos, o delegado Alexnaldo Batista percebeu que havia acontecido um engano. Freitas tinha sido confundido com outro suspeito, que tinha o mesmo nome, apelido e mora no mesmo bairro que a pessoa que estava sendo procurado pela polícia.
“O que aconteceu foi que o nome do estudante gerou uma confusão e foi constatado que ele não tem envolvimento nenhum com a criminalidade”, afirmou Batista.
O delegado disse ainda que a abordagem e prisão de Freitas foi correta já que ele foi detido para averiguação. “Vale ressaltar que ele [Freitas] estava em alta velocidade e acabou sendo trazido para cá, aqui que a confusão aconteceu”, explica.
O estudante conta que ficou preocupado com a repercussão do caso e com a sua foto sendo divulgada em grupos como um membro de facção criminosa.
“Meu medo é que se continuar espalhando chegue até algum inimigo dessa pessoa, não sei, nunca tive envolvido com nada disso, eu ainda não acreditando que isso aconteceu”, finaliza.