Em encontro, secretários de Segurança Pública discutem combate a criminalidade nos estados

Secretários debatem assuntos como criação de um fundo de segurança pública nacional, inteligências integradas nos estados, patrulhamento nas fronteiras e fortalecimento das forças de segurança.

Secretários de segurança pública dos estados se reuniram nesta quinta-feira (26), em Rio Branco, para debater sobre formas de combater a criminalidade, além de tratar sobre temas envolvendo a criação de um fundo de segurança pública nacional, inteligências integradas nos estados, patrulhamento nas fronteiras e fortalecimento das forças de segurança.


Os secretários de segurança pública do Acre e do Rio de Janeiro, em entrevista ao Jornal do Acre 1ª edição, falaram sobre os esforços dos estados para combater a violência, o tráfico e o crime organizado na região amazônica e também no restante do país.


O secretário de segurança pública do Acre, Emylson Farias, diz que o debate do tema é fundamental para que se enxergue a segurança pública no Brasil.


“Qualquer telefonema, em qualquer momento, pode fazer com que se faça um pedido de dentro de um presídio de outro estado da federação para que se levante R$ 70 mil e se encaminhe certa quantidade de droga equivalente a esses R$ 70 mil para outro estado”, diz.


Segundo o secretário, é preciso se encontrar enquanto estado brasileiro com uma política única que oriente os estados em um mesmo caminho, com investimentos por parte da União na segurança pública do estado brasileiro.


“Na hora que a união se conscientizar disso, nós começamos a dar um passo significativo. Esse encontro é para isso, não é para apontar culpados, não é para dizer quem está certo, quem está errado. É um encontro suprapartidário que tem o interesse e tem o objetivo de se preocupar com as futuras gerações do Brasil”, fala.


O secretário de segurança pública do Rio de Janeiro, Roberto Sá, ressalta que a atividade desempenhada é uma responsabilidade muito grande com uma prestação de serviço à população. Segundo ele, essa prestação de serviço é exatamente promover a tranquilidade, a paz, a segurança e isso requer investimento.


“A atividade de segurança é uma atividade que não é barata. Hoje nós temos constitucionalmente verbas carimbadas na constituição para a área de saúde e para a área de educação. Ora, se todos nós ao tempo todo falamos que saúde, educação e segurança são três áreas essenciais, porque a segurança não foi incluída numa cota constitucional para que nós, gestores locais, possamos investir minimamente, como é o caso do Rio de janeiro que está em crise fiscal, econômica há mais de um ano?”, questiona.


O secretário diz que não se tem tido possibilidade de fazer algumas ações de gestão mínimas com muito pouco dinheiro, mas que daria um resultado muito efetivo. Ele exemplifica que um fundo nacional permitiria fazer uma mínima manutenção de viaturas das polícias e aplicação de policiais nas áreas de maior indicador de criminalidade.


Além disso, menciona que a polícia técnica científica poderia ter investimentos em instrumentos na área da perícia, que é fundamental para descoberta de uma autoria.


“A criação de um fundo constitucional para a segurança pública a meu ver, respeitando opiniões contrárias, passou da hora de acontecer. Os estados têm enfrentado dificuldades e se essa verba vier da União através da arrecadação de impostos e for devolvida para a sociedade como uma prestação de serviço na área de segurança, a gente acha que ela abre uma oportunidade da oferta da cidadania plena, porque se há segurança, há uma ambiência para outras atividades, outros serviços contemplarem a população”, pontua.


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