Operação de abastecimento na cidade começou em 29 de setembro. Depasa afirma que racionamento continua e que chuvas não foram suficientes para encher reservatório.
O município do Bujari enfrenta uma das piores crises hídricasda história e recebe, desde o dia 29 de setembro, o reforço de carros-pipa que levam água para encher o reservatório da cidade.
Nesses 13 dias de operação, o Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa) afirma que os veículos fizeram 388 viagens e transportaram mais de 7,7 milhões de litros de água tratada da Estação de Tratamento (ETA II) em Rio Branco para o depósito da cidade.
O diretor de Abastecimento das Cidades do Interior do Depasa, Davi Bussons, explica que as chuvas que ocorrem nos últimos dias que foram acompanhas de temporais e causaram estragos na capital, não foram suficientes para repor a água do reservatório. Por isso, a operação continua.
“O uso de caminhões-pipa vai continuar até que a situação seja normalizada. As pessoas continuam recebendo água a cada três dias. Acreditamos que a situação tende a normalizar com as chuvas, mas esse momento ainda é crítico”, explica.
Seca no Bujari
A cidade do Bujari, interior do Acre, passa por uma das maiores crises hídricas de sua história. Há quase 100 dias não chove o suficiente para que o abastecimento no município seja garantido à população.
O reservatório de água da cidade, que tem o tamanho de 20 campos de futebol, está completamente vazio.
Com a situação crítica, o Depasa adotou medidas para que a cidade não fique sem água. A cada 24 horas, quatro caminhões pipas com capacidade de 20 mil litros saem da ETA II de Rio Branco para o Bujari. Apesar da medida, a operação garante o abastecimento para apenas 25% da cidade.
Situação de emergência
No último dia 4 de outubro, o governo federal reconheceu o decreto de situação de emergência em três cidades acreanas: Rio Branco, Brasileia e Porto Acre. O reconhecimento da União facilita a captação de recursos para o Estado executar ações que amenizem as consequências da longa e severa estiagem que afeta o Acre desde agosto.
O decreto foi assinado pelo governo no dia 25 de agosto. Segundo o Executivo, a medida seguiu orientações da Defesa Civil Estadual e de vários órgãos ambientais, relacionadas as consequências que a falta de chuvas podia trazer à população. Esta é a segunda maior seca que afeta o estado. Ainda não há, segundo a Defesa Civil, previsão para quando o governo federal vai liberar os recursos extras.