Prefeitura diz que esse tipo de lixo degrada o meio ambiente. Empresários dizem não saber o que fazer com o lixo.
Há cerca de dois meses, os donos de oficinas mecânicas em Cruzeiro do Sul estão sendo proibidos de descartar o lixo produzido nas empresas.
A Secretaria de Obras explica que o impedimento se dá porque o Plano Municipal de Resíduos Sólidos não permite que este tipo de material seja jogado no lixão, pois degrada o meio ambiente.
O material tem ficado dentro das oficinas, tomando espaço e causando transtornos a funcionários e clientes. Sérgio Gaspar questiona o pagamento de impostos e taxa de coleta de lixo e diz ainda que não sabe o que fazer com o lixo acumulado.
“Levei para uma caixa de lixo e disseram que se continuasse seria multado. Coloquei em meu carro e fui deixar no lixão e fui barrado. Já procurei a prefeitura que não me deu resposta. Depois veio um rapaz aqui e disse que vem um pessoal de Rio Branco para recolher esse lixo. Pago meus impostos e taxa de coleta de lixo. Estou acondicionando separados cada tipo de lixo, mas estou ficando sem espaço em minha loja e está ficando ruim para trabalhar”, reclama.
Rubens Júnior, também dono de oficina, reconhece que o material é contaminado, mas que é necessária uma saída. Ele disse que há dois meses ficou sabendo que o lixo não seria mais recolhido.
“Nunca fui chamado para discutir o que terei que fazer com esse lixo. O material está acumulado dentro da empresa e tirando espaço. Não sei como descartar esse lixo. São peças de ferro, muitas contaminadas com óleo e que prejudicam o meio ambiente. São Bombas de óleo, filtros de ar, óleo, gasolina e ar-condicionado”, pontua.
O secretário de Obras da cidade, Joel Queiroz, diz que o material não pode ser jogado no lixão e que é de responsabilidade das oficinas darem um destino para esse lixo.
“Está sendo oferecido a eles o contato de uma pessoa que compra ferragens e pneus. Estamos em um processo de informação às oficinas. Ainda estamos recolhendo pneus porque vamos fazer caixas de lixo e rotatórias com pneus. Mas, este ano, já fizemos duas remessas de devolução para a indústria”, explica.