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Delegado diz que 50% das vítimas de violência doméstica desistem de representar contra agressores

Dos 30 casos registrados semanalmente em Cruzeiro do Sul, apenas 15 tem representação por parte das vítimas; delegado Luis Tonini diz que motivo da desistência em sua maioria é a dependência financeira e psicológica.


Os registros de violência doméstica de Cruzeiro do Sul apresentam desistência em 50% dos casos, de acordo com o delegado responsável pela Delegacia Especializada em Atedimento à Mulher (Deam), Luis Tonini. A delegacia recebe em média 30 ocorrências semanais e dessas apenas 15 têm a representação das vítimas.


Tonini disse que o número de desistências contra o agressor é cada vez maior. “Por semana temos esse número de 30 registros e a desistência varia entre metade, é um número exorbitante, percentual elevado, infelizmente”, falou.


A exemplo, o delegado citou este fim de semana que entre o sábado (14) e domingo (15) foram registrados quatro casos de violência doméstica e três vítimas não quiseram representar contra os agressores. “Esse final de semana podemos perceber bem como é que acontece, de quatro casos apenas um teve a representação da vítima e a confecção da medida protetiva”, afirmou.


O motivo apresentado pelas vítimas, na maioria ds vezes, é causado pela dependência financeira e psicológica entre os envolvidos. “Têm muitos argumentos apresentados mas, na maior parte, tem a questão sentimental que faz com que elas [mulheres] desistam”, explica.


O delegado acrescentou ainda que é importante que as mulheres representem contra os agressores, devido ao grande índice de incidência na maioria dos casos.


“O que percebemos é que há a reincidência e o pior, com agravante dos casos, ou seja, se tinha sido uma ameaça agora é uma lesão, se foi uma lesão agora é uma tentativa de homicídio. Por isso, a gente sempre busca orientar para que as mulheres mantenham a denúncia contra os casos”, finaliza.


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