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Delegado culpa fronteira e falta de apoio do governo federal por onda de crimes no Acre

‘Temos essa falha da União com as nossas fronteiras’, diz Nilton Boscaro. Presidente do Brasil deve chegar ao Acre no fim do mês para discutir segurança.

O Acre vem passando por uma onda de violência, principalmente na capital do estado, onde são registradas diversas mortes com indícios de execução – resultado da briga de facções rivais, afirma a Segurança Pública.


Nesta quarta-feira (10), durante entrevista ao Jornal do Acre 1ª edição, o diretor do Departamento de Polícia da Capital e Interior (DPCI), delegado Nilton Boscaro, ligou a onda de crimes à falta de segurança, principalmente nas fronteiras do estado.


“A polícia vem fazendo seu trabalho. Infelizmente, temos um problema de fronteira, que é de responsabilidade da União e esperamos que, com a vinda do presidente, ele traga boas notícias ao estado do Acre e a toda Segurança Pública”, explica.


O chefe do Palácio do Planalto confirmou presença no ‘Encontro de Governadores do Brasil pela Segurança Pública e Controle das Fronteiras – Narcotráfico, uma Emergência Nacional’.


O evento deve ocorrer no dia 27 deste mês em Rio Branco. Além de Temer, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, a procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, também vêm ao estado para o encontro. O anúncio foi feito pelo governador do Acre, Tião Viana.


Questionado sobre a onda de execuções, Boscaro disse que a Segurança Pública tem feito o seu papel e que está nas ruas combatendo a criminalidade, mas existem muitas questões que precisam ser debatida.


“As pessoas que têm morrido, na maioria das vezes, são pessoas voltadas para o crime. Pessoas de bem têm um pequeno índice nesses homicídios, mas temos trabalhado de maneira intensa para tentar conseguir essa tranquilidade para a população”, destaca.


Boscaro diz ainda que é necessário um investimento nas áreas fronteiriças para que a entrada de droga seja evitada.


“Falta ainda alguns recursos da própria União para essa faixa de fronteira para que coíba a entrada de drogas e a saída de veículos roubados do nosso país para os países vizinhos. Nós temos a Bolívia e o Peru, que são grandes produtores de cocaína. A do Peru é considerada a droga mais pura e aí temos essa falha da União com as nossas fronteiras”, finaliza.


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