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Delegacia do Idoso iniciou mais de 70 investigações em menos de dez meses na capital

Principal ocorrência é apropriação de proventos, diz delegado. Em 2016, foram 103 investigações.

A Delegacia de Atendimento ao Idoso (DAI) em Rio Branco apontou, em um levantamento prévio, que de janeiro até o início de outubro abriu 71 processos para investigar crimes contra pessoas da terceira idade.


Desde 2014, quando a unidade foi implantada na capital, foram 33 inquéritos concluídos e encaminhados ao Judiciário.


Os casos são denúncias que chegam até a unidade e são averiguadas pela polícia, podendo ser arquivadas ou transformadas em inquéritos. A delegada responsável pela unidade, Mardhia El-Shawwa Pereira, diz que os crimes que lideram as denúncias são de apropriação de proventos.


“O mais comuns são casos de que um familiar se apropriar do cartão do benefício do idoso e desviar esse dinheiro. Sendo que não gasta o dinheiro com o idoso, mas com ele [familiar] mesmo. Depois disso, o outro caso mais comum é de maus-tratos de idosos que não têm dos seus familiares os cuidados básicos”, explica.


Outro empecilho, segundo a delegada, é o fato da capital não ter um abrigo para idosos que se encontram em situação de vulnerabilidade. Muitos deles, segundo ela, são encontrados morando sozinhos e sem alguém que possa oferecer esses cuidados.


“Existe o Lar dos Vicentinos, mas ele não é do governo, é de iniciativa privada, e para estar lá o idoso precisa receber alguma aposentadoria ou benefício porque uma parte fica no lar para as despesas. Se o idoso for lúcido não posso colocá-lo lá obrigado, mas se ele falar que quer ir e tiver essas condições financeiras, o encaminhamos”, diz.


Em outros casos, quando o idoso não tem condição financeira, um familiar é procurado e precisa se comprometer em cuidar desse idoso.


“Independente de tudo isso, é feito o inquérito para penalizar aquela pessoa responsável pelo crime. Houve um aumento e os casos estão mais complexos, porque são situações que muitas vezes precisam de um procedimento de quebra de sigilo bancário”, destaca.


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