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Cruzeiro do Sul tem pelo menos 30 casos de dengue notificados por semana

Cidade saiu da epidemia mas ainda registra incidências da doença; Em 2014, a cidade chegou a ter 2,5 mil casos notificados por semana.


Três anos após a epidemia de dengue na segunda maior cidade do estado, Cruzeiro do Sul notifica ao menos 30 casos da doença. Os dados foram repassados pela Vigilância Epidemiológica do município. O número é bem menor do que chegou a ser registrado em 2014, quando foram 2,5 mil casos semanais.


A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Muana Araújo, disse que apesar da redução, a atenção continua constante. “A gente sabe da grande epidemia que registramos em 2014 e, desde então, a gente vêm trabalhando para diminur esses números. Desde 2015, a cidade saiu da epidemia e não voltamos, só que o trabalho continua e não pode parar”, falou.


Muana contou ainda que apesar do número baixo, presença do mosquito é constante na cidade. “O que enxergamos, diferente da malária, é que precisamos eliminar os depósitos do mosquito da dengue, que se desenvolve nas residências”.



A doméstica Maria das Dores Nascimento, de 56 anos, é moradora do bairro do Aeroporto Velho e, de acordo com ela, apesar de nunca ter contraído a doença, toma muito cuidado em casa. “Nunca peguei, mas deixo tudo limpo, meu tanque fica limpo, eu roço o quintal, é tudo tampado e não deixo lixo acumulado”, afirmou.


O agente de endemias João Roberto disse que as pessoas ainda têm resistência com o trabalho que é feito nas residências. “A maior dificuldade é a recusa, pessoal não aceita as visitas e também as casas fechadas né, carrera de cachorro a gente nem conta mais”, disse.


Em uma das casas, no bairro Aerorporto Velho larvas contaminadas foram encontradas em um tambor, o proprietário não quis gravar entrevista. “A gente sempre alerta para que as pesssoas tenham o máximo de cuidado pra que não ocorra novamente o que aconteceu em 2014”, finaliza o agente.


Agentes dizem que população ainda tem resistência de recebê-los em casa (Foto: Anny Barbosa/G1)

Agentes dizem que população ainda tem resistência de recebê-los em casa (Foto: Anny Barbosa/G1)


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