Família diz que Samu foi acionado, mas orientou que menina foi levada à UPA. Menina acordou passando mal e morreu antes de ser atendida.
A estudante Tarcilene Sales de Jesus, de 11 anos, morreu na noite de sexta-feira (13) após um mau súbito em uma colônia na estrada do Mutum, zona rural de Rio Branco. O padrasto da menina, o caseiro Railson Correira de Oliveira, de 29 anos, conta que ela morreu nos braços dele antes de ser atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Segundo Distrito da capital.
Oliveira conta que a menina acordou reclamando de dor de cabeça, começou a vomitar, teve febre e relatou que não sentia mais as pernas. Ele diz ainda que as mãos dela ficaram brancas e o corpo empolado.
“Ela nunca tinha reclamado desses sintomas antes. Já havia reclamado de uma dor no coração e que se sentia cansada, mas nada desse tipo. Eu nem consigo acreditar. Ela morreu nos meus braços, chegou sem vida nos meus braços”, relembra entre lágrimas.
A mãe da menina, Vanusa Souza de Jesus, de 36 anos, conta que ela e Oliveira haviam se mudado há dois meses para trabalhar como caseiros no local. Antes disso moravam na estrada para o município de Sena Madureira.
Ela conta que levou a filha ao médico devido a reclamação das dores no coração, mas sempre disseram que não era nada grave e não pediram exames mais aprofundados.
Na sexta, quando Tarcilene passou mal, eles ligaram para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas dizem terem sido informados de que nesses casos eles deveriam levar a criança até a Upa. A causa da morte, segundo a mãe, ainda não foi identificada.
“Corremos para a rua e um táxi ia passando. Perguntamos se ele podia nos levar, pois ela já estava muito mal nessa hora. Ele nos levou até o hospital, mas ela morreu”, lamenta a mãe chorando.