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Após ser conduzido pela PF, prefeito diz que prestou esclarecimentos técnicos e desconhece desvio de recursos

Estimativa é que tenham sido desviados R$ 700 milhões em recursos públicos para estradas federais. Prefeito de Rio Branco deu entrevista nesta terça-feira (31).


Um dia após ter sido conduzido coercitivamente para a sede da PF, o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, esclareceu que foi questionado sobre detalhes técnicos no processo que investiga contratos do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre).


Ele e a mulher, Gicélia Viana da Silva Médici Aguiar, foram conduzidos para prestar esclarecimentos sobre uma operação da Polícia Federal, que investiga um suposto desvio de R$ 700 milhões de verbas públicasdestinadas a estradas federais no Acre e Rondônia.


Durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (31), o gestor disse que foi questionado sobre detalhes técnicos e também de relações com os outros investigados. De acordo com Alexandre, as perguntas eram sobre detalhes de contratos e execução das obras.


“Primeiro foram pedidos esclarecimentos técnicos. O meu depoimento foi um dos mais longos, porque eu fui para esclarecer. Eu podia até ter usado o direito de não responder, mas a minha opção foi responder todas as perguntas, principalmente as questões técnicas. Me perguntaram sobre logística de obras, fluxo, processo de fiscalização e empresas contratadas”, disse.


O prefeito voltou a relacionar, assim como a http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração já havia feito, a operaçã ao fato de ter sido apresentado como candidato ao governo do Acre ainda no sábado (27).


“A minha vida fiscal, bancária e telefônica está totalmente à disposição das autoridades que fazem as investigações. Não vou fazer nenhum comentário veiculando a operação ao calendário eleitoral. Mas, nós tivemos sábado [27] o anúncio da Frente Popular e tivemos segunda [30] uma operação”, limitou-se a dizer.


Alexandre também enfatizou que desde 2009 os seus dados bancários, telefônicos e fiscais estão disponíveis para os órgãos fiscalizadores. Sobre a quantia que teria sido desviada, cerca de R$ 700 milhões, ele diz que os números são altos e que não condizem com os trabalhos executados no estado.


“Esse é um número acima do que pode calcular. Eu não sei que números são esses que os órgãos de controle juntaram. Acho um número bastante elevado, se levar em conta contratos que nós gerenciamos com obras nossas”, destacou.


Além disso, ele informou que durante as obras, o Deracre passava por supervisão técnica, fiscalização e acompanhamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Acre (Dnit).


“Todas as prestações de conta foram apresentadas, aprovadas e os recursos foram liberados. Tinha um acompanhamento local de fiscalização e acompanhamento do próprio Dnit mês a mês”, pontuou.


O gestor diz ainda que não descarta que a fraude tenha ocorrido, mas que não tem conhecimento dos possíveis desvios.


“Eu sei o que eu fiz. O que os outros fizeram, eu não sei. Espero que a gente não faça nenhum julgamento antecipado de ninguém até que se concluam as investigações. Queria dizer também que, em relação à movimentação de quantias, se alguém movimentou, quem fez é quem deve responder. Nesse aspecto, estou muito tranquilo e sereno, porque a única coisa que movimentei foi o salário que recebi com fruto do meu trabalho e da minha dedicação”, garante.


As investigações

Em coletiva, a PF informou que foram apreendidos R$ 15 mil e uma arma na casa de um dos conduzidos. Ainda na coletiva na segunda (30), a Receita Federal falou que foi identificada uma transferência de R$ 10 milhões entre duas pessoas.


As investigações duraram ao menos um ano e o inquérito é do final de 2013. Os investigados vão responder por corrupção ativa e passiva, peculato e organização criminosa.


O delegado da PF Jacob Melo falou que a PF é um órgão de investigação e que não tem envolvimento com política.


“O que nós temos interesse é investigar os fatos. Não olhamos a pessoa a quem estamos investigando, a gente pode investigar do mendigo ao presidente da república, a gente realmente só quer pegar os atos ilícitos que cada pessoa fez para tentar defender a sociedade”, explicou.


Melo falou ainda que a PF tem uma quantidade muito grande de documentos para analisar. “Vão ser analisados em conjunto com os depoimentos que estão sendo colhidos. Também podemos fazer outros depoimentos no futuro com outras pessoas. Em todos os mandados foram apreendidos dinheiro em espécie, em valores altos, armas e colete balístico”, acrescentou.


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