Após 12 dias, funcionários dos Correios no Acre mantém greve por tempo indeterminado

Servidores aderiram ao movimento nacional no último dia 21 de setembro. Empresa e funcionários vão participar de conciliação com o TST na quarta (4), em Brasília.

s funcionários dos Correios no Acre permanecem em greve por tempo indeterminado após 12 dias de paralisação. O presidente do Sindicato dos Correios e Telégrafos do Acre (Sintec-AC), Edson Pinheiro, diz que uma mediação entre os trabalhadores e a empresa deve ser realizada na quarta-feira (4) pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), às 16h (de Brasília).


Na reunião, a categoria espera fechar um Acordo Coletivo de Trabalho para 2018 que é uma das principais reivindicações. Os servidores aderiram à greve nacional no último dia 21 de setembro após uma assembleia. O movimento tem a adesão de trabalhadores de todos os 26 estados e do Distrito Federal.


Em nota, os Correios destacaram que o ministro Emmanoel Pereira, vice-presidente do TST, reconheceu, no último dia 28 de setembro, que a greve dos empregados é abusiva. As bases sindicais, segundo a empresa, teriam aderido à greve antes de as negociações serem finalizadas.


Eles afirmam que fizeram um acordo coletivo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) em que reajustaram em 3% os salários e benefícios dos funcionários a partir de janeiro de 2018.


No entanto, as bases sindicais votaram contra a proposta e decidiram iniciar a greve sem apresentar uma contraproposta. Em todo o Brasil, a rede de atendimento está aberta e todos os serviços, inclusive o SEDEX e o PAC, continuam disponíveis, informou a empresa.


“Esperamos receber, durante essa reunião, uma proposta que seja benéfica para os dois lados. Infelizmente, a empresa quer retirar os direitos dos trabalhadores e não podemos aceitar isso. A greve permanece mesmo com os servidores temendo o corte de pontos, como eles falaram que vão fazer”, diz Pinheiro.


Além do acordo coletivo, a categoria reivindica o retorno do plano de saúde, mais segurança no trabalho e novas contratações por meio de concurso público. Os trabalhadores também se posicionaram contra o processo de privatização dos Correios.


No Acre, segundo Pinheiro, funcionários dos municípios de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul também aderiram ao movimento. Mesmo assim, segundo ele, ao menos 80% dos servidores permanecem trabalhando. A expectativa é de que quase 20% dos trabalhadores estejam paralisados.


“Continuamos o movimento principalmente contra a privatização e também a falta de estrutura. A paralisação permanece em todo o Brasil, não vamos fraquejar”, finaliza.



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