Governo Federal repassou R$ 420 mil para amenizar consequências da seca no Acre. Carros serão usados em regiões que não têm rede de abastecimento.
O Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) informou que vai reforçar o abastecimento através de caminhões-pipa nas cidades do Acre que tiveram o estado de emergência reconhecido.
Baseado em dados de 2016, o órgão pediu ajuda para Rio Branco, Brasileia e Porto Acre. Porém, a crise também atingiu a cidade do Bujari, que está sendo abastecida pela Estação de Tratamento de Água em Rio Branco (ETA II).
O recurso liberado foi de R$ 420 mil e será remanejado para atender também a cidade do Bujari, que passa por uma das piores crises hídricas da história.
Durante o período de seca, o reservatório do município praticamente secou e as ações emergenciais foram concentradas para atender a população de mais de 9 mil pessoas.
Carros-pipa, com capacidade para 20 mil litros, fazem 32 viagens por dia para garantir o abastecimento na cidade. Agora, os carros-pipas também devem atender regiões onde não tem rede de abastecimento.
“A seca se estende e os caminhões vão ser divididos para o Bujari. Principalmente lá, porque é a situação mais crítica. Diferente dos demais, no Bujari não temos onde captar água. Nas outras cidades, as ETAs [Estação de Tratamento de Água] estão funcionando e os carros são mais para atender bairros novos que não possuem a rede de abastecimento”, explica o diretor de Abastecimento das Cidades do Interior do Depasa, Davi Bussons.
Dos R$ 420 mil liberados pela União, 70% serão destinados para a cidade do Bujari, que depende da ETA II em Rio Branco para abastecer a cidade. Busson explicou ainda que Bujari não entrou no pedido de emergência porque o relatório do ano passado apontava uma situação mais crítica em Acrelândia.
“Os dados que a gente informou antes do período da seca foram baseados na estiagem do ano passado, porém, verificou-se que esse ano foi diferente, mas é possível fazer esse remanejamento”, destaca.
Em Sena Madureira, as bombas de captação no Rio Iaco devem ser trocadas nos próximos dias. Segundo Bussons, a baixa no nível do rio, que está abaixo de 90 cm, interfere na captação dessa água.
“Quando a cota dos rios baixa, perde-se a vazão. Então, perdemos 25% da vazão de água. Por conta disso, temos que trocar e colocar bombas mais potentes. É um trabalho que precisamos desenvolver para poder retornar a vazão de água”, finaliza.