Abertura de seminário sobre bambu ocorre na Ufac

A abertura do Seminário Internacional sobre Bambu aconteceu na manhã desta segunda-feira, 23, no Teatro Universitário da Universidade Federal do Acre (Ufac). Com o tema “Integrando Saberes, Potencializando Parcerias”, o evento discute a cadeia produtiva do bambu no Brasil e no exterior até esta quinta-feira, 26.


 


A programação é organizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária do Acre (Embrapa-AC), em parceria com Ufac, governo do Estado do Acre, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicação do Brasil (MCTIC).


 


Além de integrar a Semana Estadual de Ciência e Tecnologia, o seminário faz parte do projeto para execução das atividades previstas no Memorando de Entendimento, assinado em 2011 pelos governos do Brasil e da China, visando à cooperação bilateral em ciência e tecnologia, com foco no desenvolvimento da cadeia produtiva do bambu.


 


O reitor da Ufac, Minoru Kinpara, destacou o grande potencial do Estado em relação ao desenvolvimento da cadeia produtiva do bambu, como um desafio para o avanço econômico. “Não temos petróleo, prata, ouro ou cobre, mas temos bambu e pesquisadores competentes”, disse. “Nossa expectativa é de que saíamos daqui mais fortalecidos e entusiasmados para que possamos superar este momento de crise, usando aquilo que temos de melhor no Estado: matéria-prima natural e conhecimento intelectual.”


 


Para o chefe da Embrapa-AC, Eufran do Amaral, o evento será um espaço fértil para intercâmbio de conhecimentos e articulação de novos projetos em parceria. “Quatro milhões e meio de hectares de floresta com bambu não é pouco”, afirmou. “O Seminário será uma oportunidade para difundir os conhecimentos técnicos e científicos e também fomentar a estruturação da cadeia do bambu no Estado, através de pequenos e grandes negócios.”


 


Entre os temas do seminário, estão: a cadeia de valor do bambu nos diversos continentes, as potencialidades dessa matéria-prima e outros materiais não convencionais para uma engenharia ecológica e sustentável no século 21, possibilidades e vantagens do uso do bambu em serviços ambientais e as pesquisas para manejo e conservação da planta.


 


Também participaram da solenidade de abertura do evento o senador Jorge Viana (PT-AC); a primeira-dama do Estado, Marlúcia Cândida; o representante do MCTIC, Alfredo da Costa Pereira Junior; e a secretária de Estado de Ciência e Tecnologia, Renata Silva.


 


Rede internacional


 


Um dos palestrantes da manhã, o senador Jorge Viana referiu-se à importância da inserção do Brasil na Rede Internacional de Bambu e Ratã (Inbar, na sigla em inglês). O ratã é uma espécie de palmeira de fibra resistente e flexível bastante utilizada na confecção de móveis trançados.


 


“Há 15 anos, a China nos convida para participar dessa rede internacional; dia 6 terei o privilégio de estar representando o Brasil na solenidade de entrada do país como membro desse que é um organismo ligado às Nações Unidas”, contou o senador. “Não tenho nenhuma dúvida que tudo que fizemos até agora é a preparação para esta nova fase que vamos viver. Nosso trabalho está apenas começando e esse seminário veio em boa hora.”


 


A rede Inbar, organismo intergovernamental sediado na China, reúne instituições públicas e não governamentais de 41 países em iniciativas voltadas para o uso de bambu e ratã com foco na redução da pobreza, desenvolvimento de mercados sustentáveis e proteção ao meio ambiente. A adesão do Brasil a essa rede está na Política Nacional de Incentivo ao Manejo Sustentado e ao Cultivo do Bambu, aprovada em 2011 e em fase de regulamentação.



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