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Tia denuncia que cateter foi ‘esquecido’ dentro de bebê baleado na cabeça

‘Cateter viajou pelo corpo e está muito próximo do pulmão’, afirma tia; Coordenadora do Hospital da Criança diz que cateter quebrou quando bebê acordou; cirurgia para retirada é arriscada.

Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança desde o dia 7 de setembro, após ser atingido com um tiro na cabeça, o pequenoo Adrian Levi Silva Santiago, de 1 ano e 8 meses, vinha apresentando melhora no quadro de saúde. Ele acordou e foi desentubado. Mas, a tia dele, Hellen Rocha denunciou nesta quarta-feira (20) que um cateter foi esquecido dentro da criança durante um procedimento e o objeto pode atingir o pulmão.


Ao G1 a coordenadora da UTI pediátrica da unidade, Socorro de Souza, confirmou o caso. Segundo ela, o fato ocorreu há dez dias quando Adrian se agitou em um momento em que estava acordando. O pequeno teria passado a mão no cateter que quebrou. Um dos pedaços acabou migrando para a artéria pulmonar.


“Nós fizemos um ecocardiograma e vimos a localização do cateter. Ele não vai fazer nenhuma cirurgia. Como o cateter está na artéria pulmonar não dá mais para ser retirado. Duas coisas poderiam acontecer, ou o cateter causar uma embolização maciça e ele morrer ou então isso vai ficar lá e não causar problema nenhum e com o tempo o corpo vai se adaptar a isso”, explica Socorro.


A tia de Adrian afirma que a família do bebê, em nenhum momento, foi informada do problema ou de como o cateter entrou no corpo dele. Hellen relata que a família teve conhecimento somente após desconfiar de vários exames de raio-X que eram feitos em Adrian.


“Acho que isso foi logo no começo do caso do Adrian. O cateter viajou pelo corpo e está muito próximo do pulmão. Ele estava muito bem e agora o problema é esse. A gente só soube do caso semana passada, não nos avisaram e agora dizem que a cirurgia é muito perigosa. Eu tenho quase certeza que deixaram o cateter achando que ele ia morrer”, lamentou.


Socorro nega que tenham mantido o caso em segredo para a família. Segundo ela, a mãe do bebê estava consciente do problema. Ela afirma ainda que o bebê permanece na UTI devido aos ferimentos causados pelo tiro na cabeça e não por causa do cateter.


A coordenadora disse ainda que falou à mãe da criança que uma equipe de cirurgia cardíaca deve vir ao Acre no dia 25 a 27 de setembro. Essa seria uma oportunidade para que o cateter fosse retirado através de uma hemodinâmica. Mas, ainda não há certeza de que Adrian possa passar pelo procedimento.


A tia conta que a mãe do pequeno, a jovem Maria Larissa de Lima Silva, de 17 anos, está indignada com a situação assim como o restante da família. Ela alega negligência por parte da equipe médica que atendeu a criança.


“Estamos muito tristes. Imagina só ele melhorar de um tiro e morrer por causa de um cateter? Estamos todos em pânico, ele só segue na UTI por causa disso. Esperamos que tudo seja resolvido o mais rápido possível”, afirma.


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