Você já deve ter ouvido falar em suicídio, aliás, esse tem sido um tema bastante discutido nos últimos meses. Não apenas pelos casos registados, mas também pela dificuldade que temos ao falar sobre isso. Tem muita gente por aí (acredite!) precisando de ajuda!
Tabu entre as sociedades, o suicídio “está ao nosso lado” há muitos anos, mas poucos são os que, efetivamente, o veem como uma ameaça. Em menos de 60 dias, quase 10 casos foram registrados no Acre. Tem algo muito errado entre nós, e a gente precisa agir rápido!
São vidas que se perderam quase sempre por causa de uma doença: a depressão. Quem é capaz de suspeitar que alguém possa estar planejando por fim à própria vida? Alguém ao seu lado pode estar sorrindo, aparentemente feliz. Mas, num piscar de olhos, tudo pode mudar. Aí, você não entende muito bem e prefere “não se meter”.
Há quem pense que isso é reflexo dos problemas. Aí, a gente deixa a pessoa seguir a vida, sem ao menos ouvir de nós uma única frase: “Quer conversar um pouco?”. Talvez seja melhor deixar a pessoal ir, mas quem garante que essa pessoa vai voltar? Será que a primeira opção não era o melhor a se fazer?
Quem sabe agora, aí onde você está, tenha alguém que precisa de um obro amigo, de uma palavra firme. Aliás, muito ouvi dizer que quem quer se matar não fica por aí dizendo isso. Faz e pronto! Seria, talvez, a tentativa de fugir daquilo que mais dói. Mas, claro, esse não é o melhor caminho a seguir. Não mesmo!
Antes que lamentemos a morte de alguém, uma dica: vamos olhar para o lado, tirar as “vendas” de nossos olhos e, quem sabe até distribuir um pouco mais de amor por onde formos. Uma atitude sua pode mudar a rota de uma vida!
Vamos abraçar. Vamos conversar. Sair um pouco do mundo virtual para entrar mais efetivamente no mundo real. Vamos ouvir, ver e ajudar. Esse é nosso papel enquanto sociedade!
O suicídio nunca foi, não é, e nunca será mais forte que uma sociedade de mãos dadas!
Em caso de emergência, ligue para o 190 ou peça ajuda ao Centro de Valorização da Vida, ligando 141.
*João Renato Jácome é acadêmico de Jornalismo, membro do Programa Internacional de Voluntariado das Nações Unidas e participa de redes em defesa da Educação, Democracia, Esporte, Meio Ambiente e Direitos Humanos.