Reservatório no Bujari começa a ser abastecido por caminhões-pipas e deve garantir 15 dias de água a moradores

Bujari enfrenta uma das piores secas e reservatório da cidade secou. Depasa diz que deve manter medida emergencial caso não chova o suficiente nos próximos dias.

Com a ajuda de caminhões-pipa, o reservatório da cidade de Bujari, que passa por uma crise hídrica severa, começou a ser reabastecido nesta sexta-feira (29) e deve garantir água aos moradores do município por pelo menos mais 15 dias.


Os caminhões foram abastecidos com água da Estação de Tratamento (ETA II) de Rio Branco e seguiu para o município. O diretor de Abastecimento das Cidades do Interior do Depasa, Davi Bussons, explicou que oito caminhões transportando de 20 mil litros de água cada devem fazer ao menos quatro viagens diárias para manter o abastecimento totalizando 640 mil litros.



O reservatório da cidade tem 20 hectares de diâmetro, mas acabou secando após três meses sem chuva. A medida emergencial do uso de caminhões-pipa foi tomada porque o depósito da cidade não possui mais água suficiente para atender a população de 9.684 habitantes.


“Se as chuvas não ocorrerem as operações com os pipas serão prorrogadas até que se tenha condições de captar água novamente do reservatório”, destaca.



O diretor diz que a cidade já era dividida em duas regiões que recebiam água um dia sim e outro não. No entanto, há ao menos 20 dias iniciaram o racionamento e cada região só recebe água a cada três dias.


O posto de saúde, escolas e órgãos governamentais recebem prioridade. Caso a medida emergencial não seja suficiente para manter esses locais, o Depasa vai fazer o abastecimento por meio de um caminhão com uma caixa d’água adaptada.


“Estamos buscando atender todas as demandas das escolas e demais instituições. Acreditamos que não vai faltar água para ninguém, mas se a rede não alcançar alguns locais vamos tomar outras medidas”, afirma.


Entenda o caso

Com o reservatório que abastece o município do Bujari seco, a população enfrenta uma das maiores crises hídricas. Busson explicou, durante entrevista no dia 19 deste mês, que o abastecimento na cidade não é feito por um rio, como ocorre em outros municípios do Acre.


“Temos um reservatório que é alimentado através de três fontes principais: o Igarapé Redenção, as águas das chuvas e a gente fez uma interligação desde 2015 de um açude que tem na propriedade do Depasa que joga água nesse reservatório. O problema é exatamente a estiagem, que fez diminuir esse fluxo de chuva e o nível de água do igarapé também diminuiu”, falou.


No dia 19 de setembro, o Acre TV mostrou que a situação era preocupante e que poderia piorar. O Depasa informou que o Plano de Contigência era abastecer oito caminhões-pipa na ETA II, em Rio Branco, com capacidade de 20 mil litros cada um, e levar água por 22 km até a cidade do interior.



G1


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