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Raimundinho trapaceia de novo contra trabalhadores da saúde e é desmentido por colega

O deputado Raimundinho da Saúde (PTN) teria mentido ao atribuir ao também deputado Gerlen Diniz (PP) informações comprometedoras. Raimundinho gravou um áudio no grupo intitulado “Apoio aos Concursados”, logo após o Tribunal de Justiça decidir sobre mandado de Segurança contra a lei que aumenta os valores dos plantões emergenciais para técnicos e enfermeiros. Como se comemorasse a decisão contra os profissionais em saúde, ele diz: “o deputado Gerlen Diniz reconheceu aqui que foi enganado pelo sindicato que queria usá-lo”. A reportagem enviou o áudio a Gerlen Diniz, que tratou de desmentí-lo.


“O Deputado Raimundinho não estava nem na sessão, fica tentando me sujar com os servidores! E ainda me acusam de ser sujo”.


Na mesma gravação, o deputado do PTN repassa outra informação errada aos trabalhadores, ao afirmar que a lei havia sido “anulada”. Na verdade, os desembargadores apenas suspenderam os efeitos da lei até o julgamento de mérito, quando as explicações da Procuradoria Geral do Estado e da Assembléia Legislativa serão avaliadas.


Entenda o caso

Gerlen Diniz foi relator da lei. Ele sugeriu emenda, a pedido do sindicato que representa os profissionais em saúde, o Spate, reajustando os valores dos plantões, dos atuais R$ 89,00 para R$ 600,00. A lei foi aprovada pela Aleac, sancionada pelo governador e publicada no Diário Oficial do último dia 14. Raimundinho responderá no Conselho de Ética por ter chamado o colega de “moleque. O relator natural seria o deputado Jenilson Leite (PCdoB), que é médico. Raimundinho manobrou para retirar a relatoria do colega, e pediu que esta responsabilidade fosse assumida por Gerlen Diniz. O objetivo do deputado do PTN era evitar que Jenilson capitalizasse a gratidão – e, futuramente, o voto – dos trabalhadores da saúde.


Na última semana, o deputado anunciou que votaria contra a lei, alimentando a esperança de que outra lei seria enviada ao parlamento para anular a anterior. Foi uma jogada de marketing de Raimundinho da Saúde, que tenta manter a proximidade questionável com o governo – onde possui vários parentes em cargos em comissão, especialmente no Depasa -,  votando sempre em favor do interesse do governo. Ele tenta desesperadamente recuperar o pouco de credibilidade que tinha junto aos trabalhadores e vê como pouco provável a chance de ser reeleito em 2018. O deputado já sabia que a Casa Civil buscaria o Judiciário, para evitar desgastes da base aliada que aprovou a lei e, agora, seria execrada publicamente se voltasse atrás.


Fonte: AcJornal


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