Escola Clícia Gadelha, em Rio Branco, desenvolve projeto ‘paredão verde’ desde 2011. Buriti, seringueira, café, ipê e eucalipto são algumas das espécies.
A Escola Professora Clícia Gadelha, em Rio Branco, decidiu, há seis anos, começar a modificar a forma de estudar e vivenciar o ambiente colegial. De 2011 a 2017, um projeto já plantou ao menos 400 mudas de árvores na criação de um verdadeiro “paredão verde” que serve para resfriar as paredes das salas de aula.
Essa é uma das iniciativas que o G1 vai destacar no Dia da Amazônia, comemorado nesta terça-feira (5).
Buriti, seringueira, café, cacau, cupuaçu, ipê e eucalipto são algumas das espécies que podem ser encontradas na escola, segundo o biólogo Cleilton Pessoa, atual diretor da instituição, que encabeça o trabalho. Segundo ele, a escola está totalmente cercada pelas árvores, umas ainda em processo de crescimento. Os resultados já são sentidos.
“O que todo mundo percebeu, principalmente os alunos de 2014 para cá, é que as paredes que estão sendo protegidas tornam as salas extremamente frescas. Já as salas que não têm, onde as plantas ainda estão pequenas, ainda sofrem com o calor, porque a parede absorve muita insolação. Isso nos ajuda a fazer os alunos entenderem que preservar é muito importante”, diz.
As árvores são plantadas com a ajuda dos estudantes e, segundo o professor, servem como material de estudo, como é o caso das que são cultivadas no agronegócio brasileiro. Para ele, o diferencial do projeto é incentivar, além do plantio, a mudança na mentalidade quanto ao cuidado do meio ambiente.
“Com os padrinhos que acompanham cada turma, temos conseguido fazer com que os alunos mudem os hábitos. Eles nos ajudam a plantar e cuidar – também não quebram os galhos. Nós dizemos que, no futuro, quando voltarem à escola com os filhos, eles vão ter a alegria de ver que uma muda virou uma grande árvore. Criamos um simbolismo para que adotem a ideia”, revela.
O colégio – com um total de 820 estudantes – também desenvolve outras atividades voltadas à temática ambiental, como compostagem e horta para análise científica. Além disso, Pessoa acrescenta que um projeto deve plantar espécies exóticas também com a finalidade de estudos científicos.