Depoimentos indicam um policial militar, que estava na festa, como o autor do disparo que atingiu a jovem. Policial deve ficar preso no Centro de Correição da corporação.
Após ouvir diversas testemunhas, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do policial militar suspeito de ter disparado o tiro que atingiu uma adolescente de 16 anos, que estava grávida, em Ariquemes (RO), no Vale do Jamari. O crime ocorreu na madrugada do último sábado (2), em frente a uma boate no Setor de Áreas Especiais.
De acordo com o delegado plantonista, Rodrigo Spiça, o depoimento do marido da jovem foi o mais importante, já que ele estava com a vítima no momento do crime. Ele também ouviu seguranças do evento e declarou que os depoimentos coincidem e apontam o policial militar como o autor dos disparos.
Conforme Spiça, os depoimentos revelam que houve uma briga dentro do estabelecimento e os participantes da festa foram tirados para a área externa. Na calçada, a briga ganhou proporção e o policial de folga atirou no chão.
Nesse momento Luaine e o esposo chegavam para ajudar um amigo, que estaria na festa. Quando perceberam a confusão que estava acontecendo no local, ela e o esposo tentaram ir embora com a motocicleta onde estavam, mas não houve tempo.
“Quando saiu o primeiro tiro, a vítima segurou nele [esposo] com força e no segundo tiro ele sentiu soltar e ele achou que ela estava descendo da moto para correr. Ele disse ‘não, eu estou saindo’, nisso ela caiu”, relata o delegado.
Quando ele desceu da moto, percebeu que o tiro havia atravessado o capacete e a jovem havia sido atingida na testa.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros foram chamados e constataram o óbito da jovem, segundo a Polícia Militar (PM).
O militar suspeito deve ser indiciado por homicídio com dolo eventual. Ele foi preso em flagrante e está custodiado em um hospital em Porto Velho porque foi agredido e ficou ferido durante a confusão na boate.
Segundo a PM, quando receber alta médica, ele será encaminhado ao Centro de Correição e ficará preso, se a justiça decretar a prisão preventiva.