Representantes de entidades se reuniram nesta segunda-feira (25) para discutir questões relacionadas aos jovens infratores. Redução da maioridade penal e aumento do tempo de internação também entraram na pauta.
Representantes de entidades ligadas à proteção dos direitos humanos, crianças e adolescentes se reuniram nesta segunda-feira (25) para discutir melhorias no modelo de assistência aos jovens infratores.
A redução da maioridade penal e aumento do tempo de internação também entraram na pauta de discussão, que ocorreu no auditório do Palácio da Justiça, Centro de Rio Branco.
No Acre, 550 adolescentes cumprem algum tipo de medida socioeducativa. A maior parte dos casos está relacionada ao envolvimento com o tráfico de drogas. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que em todo país 189 mil adolescentes passam pelo regime de reeducação social em unidades de internação. Ao todo, 70% reincidem no crime, uma ameaça ao futuro.
Nilson Mourão, secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), lembrou que ações repressivas e educativas ainda são deficientes. Para ele, somente o Estado não consegue solucionar o problema.
“Só com o envolvimento das igrejas, escolas, famílias, clubes e comunidades teremos condições mais humanizadas desta questão. [Crianças e adolescentes] devem ser reeducados e preparados para a vida. Caso contrário, teremos uma geração perdida em uma tragédia”, observou.
O presidente do Instiuto Socioeducativo do Acre (ISE-AC), Rafael Almeida, observou que jovens infratores cumprem medidas por no máximo três anos. Ele considerou que poder público e sociedade devem se unir para mudar a vida de jovens infratores.
“Nós temos que saber o que fazer para que eles mudem de vida. A sociedade deve estar preocupada junto com o poder público para que juntos possamos dar um direcionamento a eles”, finalizou Almeida.