Evelyn Oliveira, de 22 anos, acredita que páginas querem usar sua imagem para ganhar curtidas ou até dinheiro. Fotos foram usadas em páginas falsas pelo menos cinco vezes.
Evelyn Oliveira, de 22 anos, comemora, em agosto, um ano do transplante de medula que deu fim à sua luta contra o câncer. Porém, algumas pessoas na internet têm usado fotos dela, postadas durante o tratamento, para conseguir curtidas.
A jovem foi diagnosticada com Síndrome Mielodisplásica em abril de 2016 e chegou a lançar uma campanha pedindo doações de medula óssea. Em agosto do mesmo ano, o transplante foi feito através do próprio irmão, Kevin Oliveira, que se mostrou 100% compatível.
Durante e após todo o tratamento, Evelyn sempre foi ativa nas redes sociais e encabeçou diversas campanhas, tanto para ela como para outras pessoas. O uso das fotos por perfis fakes começou em março deste ano, segundo a jovem.
Ela conta que na primeira vez chegou a registrar um boletim de ocorrência, mas como a situação continou acontecendo não procurou mais a polícia.
“É muito difícil combater esse tipo de crime. Acredito que a pessoa use com o intuito de ganhar curtidas ou até pedir dinheiro futuramente. Eu não sei, mas não podemos esperar coisas boas desse tipo de gente. Acho que quer se promover, não sei mesmo”, avalia.
Ela diz ainda que pretende recorrer à Justiça se as publicações continuarem e se a pessoa começar a pedir dinheiro. “Só espero que essa pessoa não use minha imagem para pedir dinheiro, porque eu realmente não preciso disso”, finaliza.
No mais, Evelyn continua engajada em ajudar outras pessoas que passam mesmo problema que enfrentou. Neste fim de semana, ela fez uma festa com amigos e familiares para comemorar um ano de transplante.
Além disso, lidera o projeto “Anjo Amigo”, que ajuda crianças com câncer em Rio Branco. Ela também divulga histórias de crianças que precisam do transplante e fazem campanha para conseguir viajar e concretizar a cirurgia.
Em maio deste ano, ela fez um ensaio fotográfico para comemorar a vitória sobre a Síndrome Mielodisplásica. Na época, ela disse que aos poucos a rotina e a vida estavam entrado nos eixos.