Tatuagem na testa da vítima teria sido vingança dos réus, diz juíza
Começa nesta terça-feira o julgamento do caso do adolescente que teve a testa tatuada à força, em Junho deste ano. A audiência de instrução será realizada pela juíza Daniela de Carvalho Duarte (5ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo), prevista para as 14h30.
Os réus, o tatuador Maycon Wesley Carvalho dos Reis, de 27 anos, e o vizinho dele, Ronildo Moreira de Araújo, de 29, foram presos em flagrante e levados para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Tremembé. Eles foram intimados a comparecer à audiência.
Com base na denúncia do Ministério Público, a juíza explica que os agentes demonstraram ‘conduta desajustada socialmente’ e personalidade ‘violenta, agressiva e vingativa’. “Em abstrato do crime de lesão corporal, alinha-se às circunstâncias concretas da infração, que revelam nesta fase de cognição sumária maior grau de periculosidade social dos acusados”, disse Daniela de Carvalho ao G1.
A tatuagem forçada teria sido motivada por vingança, segundo informação divulgada no agendamento da audiência. “Buscavam punição. E é plausível afirmar certo prazer no sofrimento causado ao adolescente”, completou a magistrada.
A juíza ainda argumentou que os réus não demonstraram sinais de arrependimento, o que a levou a manter a prisão a fim de evitar que novas infrações da mesma natureza fossem cometidas. Porém, a mãe do tatuador Mycon, Rosilene Carvalho dos Reis, garante que o filho está arrependido. “Ele é um bom menino. Ele simplesmente, em uma atitude de nervosismo, agiu de maneira errada. Agiu por impulso, no calor da emoção”, afirma.
