Bastidores das investigações sobre políticos despertam interesse
O agente Newton Ishii, conhecido como ‘Japonês da Federal’, pretende lançar um livro sobre a sua experiência na Operação Lava Jato. Ishii já foi tema de marchinha de carnaval e sua feição acabou reproduzida em máscaras para os foliões.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o agente federal confirmou que está trabalhando numa biografia e disse que pretende lançar a obra até o final do ano. O ‘Japonês da Federal’ não contou se já fechou contrato com alguma editora e também não revelou quem foi o jornalista escolhido para ser o escritor da obra.
A verdade é que os bastidores das investigações sobre políticos despertam interesse. Paulo Roberto Costa, o primeiro executivo da Petrobras a virar delator, passou o último ano relembrando tudo pelo que passou no Petrolão. Ele fez inúmeras anotações durante os seis meses em que ficou preso e também planeja o lançamento de um livro. “Eu vou contar como eu vivia antes da Lava Jato e o que aconteceu depois que a operação chegou em mim”, disse Costa.
“Já escrevi mais de 150 páginas. Muita coisa do tempo em que fiquei preso”, contou. Costa negocia com duas editoras um contrato para lançamento da obra e pretende terminar de escreve-la em cerca de um mês.
O doleiro Alberto Youssef, preso na mesma época que Paulo Roberto Costa, também vai ter sua história exposta nas livrarias. A publicação revela que o doleiro escolheu o jornalista Pedro Marcondes para escrever sobre o seu passado. Youssef e Marcondes assinaram contrato com a Editora Objetiva, selo da Companhia das Letras. A previsão é que o trabalho seja finalizado até o fim do primeiro semestre de 2018 e resulte num livro de cerca de 400 páginas.