A Sehab disse que a empresa responsável pelos serviços de infraestrutura na localidade apresentou problemas na execução das obras e teve o contrato interrompido.
O internauta Mauro Camelo denunciou o atraso na obra de construção do Parque dos Buritis, no bairro de mesmo nome, em Rio Branco, através do aplicativo Tô na Rede. Na localidade, segundo o morador, deveria ter sido construído, nos moldes dos parques do Tucumã e da Maternidade, só que em menor extensão.
A Secretaria de Estado de Habitação de Interesse Social (Sehab) disse que a empresa responsável pelos serviços de infraestrutura na localidade apresentou problemas na execução das obras e teve o contrato interrompido.
O órgão informou ainda que um novo processo licitatório foi concluído e que uma nova construtora vai dar sequência na execução das obras no local. A ordem de serviço já foi assinada pela Sehab e a empresa já vai ser acionada para verificar os problemas e retornar os serviços. A previsão para conclusão das obras é em dezembro.
A equipe da Rede Amazônica Acre foi até o local e falou com alguns moradores que reforçam o relato enviado pelo internauta. Segundo eles, várias famílias foram retiradas da área entre 2010 e 2011, mas a obra nunca foi iniciada e os benefícios que a comunidade teve foram as obras de saneamento e a calçada construída ao redor da área onde anunciaram que seria construído o parque.
O morador José Nonato diz que a calçada sofreu a ação do tempo e a rede de esgoto está entupida, problemas que incomodam o dia-a-dia da população. “Algumas vezes vieram arumar, outras não. Temos bastante crianças aqui e a situação não está boa, além dos esgotos pertinho, agora no quintal, a água retornando”, afirmou.
O esgoto contaminado que Nonato se refere é o Igarapé Judia, que também fica na área onde seria o parque. Segundo o morador, no espaço é possível encontrar lixo de todos os tipos, desde doméstico a resto de animais.
“O parque nunca saiu, só é um lixeiro aí, cachorro podre que jogam aí para a pessoa ficar sentindo o mau cheiro. O pessoal vem da outra rua jogar cachorro podre aí, quem sofre é a gente que mora aqui”, reclama.
O presidente do bairro Santa Inês, Francisco Cidi, disse que já questionou as autoridades sobre a obra. “Eles disseram que não tinha mais dinheiro para fazer o parque, para onde o dinheiro foi ninguém sabe, aí eles tiraram as pessoas, ficou uma área de risco onde acumula muito lixo, animal podre e na realidade virou um esgoto”, conta Francisco.