Grande parte das vítimas nota a fraude quando recebe um valor diferente ou quando vê descontos de empréstimos não contratados no contracheque
Golpes contra os segurados do INSS crescem e novas modalidades surgem a cada momento. De janeiro até julho deste ano, já foram registradas 732 denúncias relatando algum tipo de fraude. Em todo o ano de 2016, foram 948, segundo a Ouvidoria Geral da Previdência.
Como cita “O Dia”, a maior parte das fraudes acontece por telefone. Alguém liga para a casa dos beneficiários e pede para falar com o “dono do benefício”, que pode ser um servidor público, aposentado ou pensionista do INSS. De posse dos dados pessoais da vítima, como nome completo, órgão pagador, data de nascimento, CPF e endereço, o fraudador faz propostas tentadoras como dinheiro a juros baixos, ou avisa que há valores a receber, direito à revisão de benefício, atualização cadastral, entre outras formas de captar o interesse das pessoas. Feito isto, questiona os dados bancários ou o número do cartão de crédito da sua vítima, que acaba passando todas as informações solicitadas.
Grande parte das vítimas nota a fraude apenas quando recebe um valor diferente do que está acostumado ou quando vê descontos de empréstimos que não foram contratados no contracheque.
Como cita a publicação, o aumento da quantidade de golpes fez com que a Previdência colocasse um alerta em seu site. “As pessoas devem ficar atentas para não serem vítimas de golpe. A Previdência não cobra para prestar serviço que é direito do cidadão”, afirma o Secretário de Previdência, Marcelo Caetano.
O especialista orienta a jamais informar dados pessoas e bancários por telefone, não assinar papéis em branco e ficar atento às cobranças no extrato. Se notar alguma anormalidade, o beneficiários deve solicitar imediatamente em uma agência do INSS o formulário para consulta de consignados. “Se houver necessidade de questionar decisão sobre o benefício é possível procurar a Defensoria Pública da União, que tem atendimento gratuito, para avaliar se cabe recurso http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo ou ação”, explicou o defensor público Thales Arcoverde Treiger ao site.
Outra precaução é fazer registro de boletim de ocorrência na polícia em caso de perda ou roubo de documentos, além de comunicar o fato a órgãos de proteção ao crédito (SPC e Serasa).
O INSS também orienta o beneficiário a formalizar uma denúncia ligando gratuitamente para a Central 135, por meio da internet ou das agências da Previdência Social.