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Ex-prefeito de Plácido de Castro encabeçou esquema de fraude de licitações, diz PF

Roney Firmino foi um dos presos na 4ª fase da Operação Labor, nesta quinta-feira (13). Polícia Federal também prendeu dois ex-prefeitos de Brasileia Everaldo Gomes e Aldemir Lopes.


O ex-prefeito de Plácido de Castro Roney Firmino, preso preventivamente nesta quarta-feira (13) na 4ª fase da Operação Labor, encabeçou o esquema de fraude de licitações públicas, segundo informou a Polícia Federal em entrevista coletiva. Além dele, os ex-prefeitos de Brasileia Everaldo Gomes e Aldemir Lopes também foram presos.


A PF cumpriu no total 37 mandados judiciais em Brasileia e Rio Branco: sete de prisão, 14 de busca e apreensão e 16 conduções coercitivas. A operação investiga uma organização criminosa formada por empresários e agentes políticos suspeitos de fraudar licitações referentes à mão de obra terceirizada na Prefeitura de Brasileia.


“O ex-prefeito [de Plácido de Castro] foi quem encabeçou o esquema criminoso e que indicou ao ex-prefeito de Brasileia a contratação da empresa. Em contrapartida, ele [Roney Firmino] determinou aos representantes da empresa a divisão dos lucros com essa contratação”, afirmou o delegado Henrique Albergaria, que investiga o caso.


Os outros presos nessa fase da operação, batizada de Dolos-Apate, segundo a PF, foram: o ex-vereador Marivaldo Silva; atual vereador Joelson Pontes; e os dois ex-secretários de Finanças Jusué William e Jacks Araújo. O montante desviado chegou a R$ 1,2 milhão.


O advogado Cristopher Mariano, que representa Everaldo Gomes, criticou a prisão preventiva, alegando não haver fundamento. “Ele está fora das funções públicas há anos, possui endereço certo, responde a todos os atos formais, a gente entende que não tem fundamento”, disse.


O G1 tentou, mas não conseguiu contato com o advogado Júnior Feitosa, que defende Roney Firmino. A reportagem não conseguiu localizar as defesas dos demais presos pela polícia.


Ainda segundo o delegado, as investigações começaram em 2015, após uma denúncia de uma funcionária da empresa, que foi contratada mediante fraude de licitação. No entanto, Albergaria ressaltou o contrato irregular foi firmado em 2013.


“A fraude tinha o intuito de promover desvios mensais de recursos públicos que deveriam ser destinados ao pagamento do contrato, mas que, em verdade, eram repassados a agentes políticos do executivo e legislativo de Brasileia”, acrescentou.


Como funcionava o esquema

Investigação da PF apontou que, após a escolha da empresa ligada à organização criminosa, os agentes políticos eram responsáveis por fazer empenhos acima do necessário para efetivar os pagamentos dos serviços.


A diferença entre o valor empenhado e o real eram sacados por representantes da empresa e entregues, em espécie, aos servidores da prefeitura, que eram responsáveis pela distribuição dos valores entre integrantes do próprio Executivo, do Legislativo e de “laranjas”.



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