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Estudante de artes cênicas acusa jovem de agressão após peça no AC: ‘recebi um soco no braço’

Carro de estudante também foi danificado pelo jovem, segundo denúncia. Mãe não nega ato, mas diz que filho está envergonhado e triste’.

Uma estudante de 23 anos usou as redes sociais para tornar público um desabafo contra um jovem que a agrediu após uma peça de teatro no Sesc-Centro, em Rio Branco, no último dia 19. Um boletim de ocorrência foi registrado por lesão corporal dolosa e danos simples, pois ela também teve o carro danificado.


A jovem, que prefere não se identificar, conta que estava assistindo a peça, quando Thalisson Andrade, de 20 anos, começou a perturbar os atores. Uma audiência está marcada para esta quinta-feira (28).


“Uma escola foi convidada para assistir a peça. Esse menino começou a fazer arruaça e atrapalhar a peça. Estava todo mundo incomodado com ele, tanto que teve uma hora que ele foi ao banheiro e não deixaram mais ele voltar para a apresentação”, conta.


G1 tentou entrar em contato com Andrade, mas, segundo a família, ele quebrou o celular no dia da confusão. A mãe dele, a cozinheira Tânia Souza, informou que ele trabalha e estuda e nunca havia se envolvido em confusão. Ela afirma ainda que o filho se excedeu devido à ingestão de álcool.


“A gente ia resolver de forma amigável, mas ela expôs o rosto dele nas redes sociais associando meu filho a abusadores, o que não tem nada a ver. Meu filho nunca tinha ido nem em uma delegacia. O que aconteceu é que ele estava alcoolizado e não tem costume de beber”, justifica.


Em um determinado momento, um amigo que estava com a estudante pediu que ele fizesse silêncio durante a peça, fato que desencadeou uma discussão ainda dentro do Sesc-Centro.


“Ele levantou no meio do teatro e queria bater no meu amigo, completamente alterado. Aí a gente saiu da peça, estava de costas quando ele saiu, pegou meu braço violentamente e falou: ‘tchau, gatinha’. E começou a fazer umas coisas com a língua, eu mostrei o dedo pra ele. Ele deu um tapa na minha mão e um soco no braço esquerdo que ficou a marca”, relata.


As pessoas que acompanharam a ação, conseguiram conter o jovem. A estudante não fez corpo de delito e disse que precisou ir a três delegacias para registrar um boletim de ocorrência. “Na hora que me deu um tapa, um monte de gente foi pra cima dele, se não ele tinha quebrado a minha cara”, diz.


Ela acredita que o rapaz queria chamar a atenção, pois, segundo ela, nunca viu o jovem antes. Não satisfeito com a confusão que havia armado, Andrade começou a danificar alguns carros que estavam estacionados, entre eles, o da estudante.


“O meu foi o que ele mais quebrou, não sei se sabia que era o meu carro, mas quebrou o aerofólio, subiu no capô, amassou a lataria, subiu em cima do carro e ficou pulando. Não recordo bem, mas acho que ele estava em um grupo de 12 a 15 pessoas”, diz.


O prejuízo com o carro, segundo ela, é de R$ 1,5 mil. Nos dias seguintes da agressão, ela diz que tentou acordo com a família do garoto, que chegou a contatá-la pelo Facebook, mas não obteve sucesso, pois, segundo ela, a mãe dele achou o preço alto.


“Além disso, eu gostaria de chamar atenção para como está a segurança pública da nossa cidade. Tinha um segurança, porque ele não tirou o menino logo de uma vez. Ele estava causando confusão desde a hora da peça. Então, além do susto, agora tenho medo de andar na rua, de sair só. Terrível”, diz.


Já a mãe do agressor, diz que o filho ficou bastante envergonhado com a cena e a exposição nas redes sociais. “Eu sei que ele não agiu certo, mas estava embriagado. E essa foi a primeira vez, em 20 anos, que foi a uma delegacia. Ele trabalha fazendo salgados e estuda. Não está bem, está muito mal”, garante.


A vergonha maior, segundo a mãe, foi pelo fato da exposição da foto dele no perfil da estudante. “Ela tem o direito dela porque foi agredida, mas ele tem o direito dele também. Que deixasse pra resolver tudo na Justiça e não expô-lo dessa forma nas redes sociais”, finaliza.



Fonte: G1


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