Atacante do Atlético-AC, principal goleador da 4ª divisão com nove gols, marcado por desperdiçar penalidade na eliminação para o Moto Club, em 2016, festeja um dos melhores anos da carreira
O mundo é um moinho, já diz a letra da famosa música de Cartola. E no futebol, então, as voltas que a vida dá podem levar um jogador do céu ao inferno, ou vice-versa, em questão de minutos. No caso do atacante Eduardo, do Atlético-AC, demorou um pouco mais de tempo, praticamente um ano. Marcado em 2016 por ter desperdiçado uma cobrança de pênalti no jogo que eliminou o Atlético-AC do Campeonato Brasileiro da Série D, nas quartas de final contra o Moto Club, na derrota por 2 a 1, o camisa 7 foi um dos principais jogadores do Galo Carijó na campanha que levou o clube às semifinais da quarta divisão nacional nesta temporada, e colocou o bicampeão acreano na Série C de 2018.
Eliminado pelo Operário-PR da briga pelo título neste ano, a equipe celeste termina na terceira colocação geral, campanha histórica para o futebol do Acre, que rendeu o primeiro acesso de um clube do estado em uma divisão do Campeonato Brasileiro.
Artilheiro da competição, ao lado de Weverton, do Princesa do Solimões-AM, com nove gols, o atacante do Galo Carijó inciou o ano do algoz celeste Moto Club, mas retornou ao Acre no início do mês de maio. Quatro meses depois, avalia o ano como um dos melhores da carreira e lembra que o pênalti perdido deixou uma marca.
– Em conjunto a gente sabe que foi um grande trabalho que estamos fazendo. Ano passado tivemos aquele problema de bater na trave aqui dentro de nosso domínio. Este ano conseguimos o tão sonhado acesso, que a gente necessitava. E, depois do sonhado acesso, tínamos o segundo objetivo, que era ser campeão. Infelizmente, não fomos. Individualmente foi um ano muito bom, um dos melhores. Com certeza fica (marcado). Um jogo tão importante que era aquele, estávamos perdendo por 1 a 0 e se se eu fizesse o gol de pênalti mudava totalmente a história. Esse ano, tivemos uns dois, três pênaltis, mas eu continuava treinando. A opção do professor era o Rafael, que estava batendo melhor e a gente tem que respeitar. Mas que fica marcado fica – comenta.
Eduardo acredita que a conquista do acesso em 2017 pode fazer com que a decepção de 2016 seja esquecida. Apesar da queda naquela edição da Série D, o atacante ainda terminou entre os quatro principais artilheiros, com sete gols, ao lado de Rafa, do Fluminense de Feira-BA.
– A gente esse foi com o intuito muito grande de chegar a esse acesso pelo fato de, no ano passado, termos deixado escapar tanto pela penalidade como as falhas individualmente. Então, como conseguimos o acesso este ano, dá para apagar um pouco, mas agora temos que pensar em trabalhar mais, se dedicar mais porque ano que vem já é Série C.
Sobre a próxima temporada, o atacante acredita que o Atlético-AC precisa de reforços para suportar a maratona de jogos e viagens no decorrer do ano. Ele quer o tricampeonato estadual e vê o lado positivo do sucesso, já que os jogadores terão ainda mais oportunidades para mostrar as qualidades que fizeram do Atlético-AC o principal clube acreano dentro das quatro linhas nas últimas duas temporadas.
– Vai ser um ano muito puxado, o que exige muitos jogadores. Acho que precisamos ter um plantel de, no mínimo, 30 jogadores. Mas vai ser complicado, muito campeonato. Temos que continuar com a invencibilidade. A gente é bi, e agora temos que continuar para buscar o tricampeonato e fazer uma boa campanha na Copa do Brasil e na Série C podermos alcançar mais outro objetivo. Vai ser um ano muito bom, muitos jogos televisionados, então a gente que quer aparecer, quer melhora de vida, temos que nos dedicar para nesses jogos podermos dar o melhor e cada um aparecer da melhor forma – considera.
Eduardo e Weverton só serão ultrapassados na artilharia da Série D se Glaucio, que tem seis gols, do Globo FC, um dos finalistas da competição, marcar quatro gols nas duas partidas da decisão. Todos os outros concorrentes mais próximos estão fora da briga pelo título.