Corrupção na Emurb: 18 prisões, entre eles três diretores da atual gestão, envolvidos no desvio de R$ 7 milhões

O promotor Fernando Sebranel confirmou dezoito prisões efetuadas na segunda fase da Operação Midas, desencadeada na manhã desta sexta-feira. Dos nove presos, três ainda estavam exercendo cargo de chefia na empresa. Eles devem ser exonerados nas próximas horas, por decisão do prefeito Marcus Alexandre. Todos, inclusive o principal acusado, o ex-diretor-presidente Jackson Marinheiro, preso pela segunda vez, são responsabilizados pelo desvio de R$ 7 milhões, e passam a responder pelos crimes de organização criminosa e peculato. Os empresários envolvidos – e presos – , diz o promotor, emitiam notas fiscais frias, com valores acima dos serviços prestados. O MP descobriu que máquinas e equipamentos, de propriedade desses empresários, eram incluídos em planilhas superfaturadas. Ou seja, os apontamentos oficiais da Emurb diziam que esse maquinário alugado realizava um quantitativo de horas que, na prática, não existia. A entrada e saída de material de consumo, especialmente cimento e madeira, eram forjadas dentro do Almoxarifado.


O servidor Mikon das Chagas Ferraz, responsável pelo Almoxarifado á época, também foi preso. Todos os bens dos acusados foram indisponibilizados, inclusive a fazenda de Jackson Marinheiro, situada no município de Feijó, onde os policiais aprenderam dois quadriciclos comprados com dinheiro desviado. “A organização criminosa estava muito à vontade para cometer as fraudes. Era uma corrupção institucionalizada. Ficamos estarrecidos com a grande quantidade de pessoas envolvidas e com a complexidade com que eles agiam”, disse o promotor. O Tribunal de Contas auxiliou as investigações fornecendo dados contábeis encontrados durante inspeções na Emurb. Outras prisões devem ser realizadas nos próximos dias. MP espera a manifestação dos presos sobre delações espontâneas.


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