Oficina existe há 30 anos e há três parou de fazer as próteses por falta de material; gerente geral do Hospital Dermatológico disse que a falta de material é culpa da empresa que venceu a licitação e desistiu.
O coordenador do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Manoel Alves da Silva, denuncia a falta de material na oficina que produz próteses. Segundo ele, o local funciona há 30 anos, mas há três está sem receber o material. A oficina fica dentro do Hospital Dermatológico, em Cruzeiro do Sul.
Ao G1 o gerente-geral do Hospital Dermatológico, Cleberson Félix, disse que o problema ocorreu devido a um problema que aconteceu com as empresas que venceram o processo licitatório. “A gente sabe que isso leva tempo, mas em breve vai ser mandado o material de órteses e próteses e os trabalhos logo devem retomar”, afirmou.
Silva disse que ao menos 30 pessoas no município esperam pelas próteses. “Fora os pacientes que temos que as próteses estão perdidas e que elas machucam as pessoas. Não termos esse material é muito triste”, disse.
O coordenador falou ainda que no momento a oficina está recebendo doações de próteses de pessoas que morrem e a família decideu fazer a doação. “Temos quatro que eram de um paciente que morreu e aí vamos fazer o aproveitamento de algumas partes para ajudar as outras pessoas se não ninguém fica beneficiado”, explicou.
O técnico em órtese e prótese da oficina, Elusbenir de Farias, de 55 anos, disse que os pacientes ligam constantemente para o local perguntando quando o serviço vai voltar a ser oferecido.
“A gente fica de mãos atadas, sentimento total de impotência, sabemos que as pessoas precisam e se faltar uma peça, não dá para construir. A gente pede que as autoridades possam olhar com mais atenção para essas pessoas que estão esperando esses materiais”, finalizou.