Concentração de poluentes no ar chega a 400 microgramas/m³ no Acre, diz pesquisador

Pesquisador da Ufac diz que pessoa deve respirar no máximo 25 microgramas durante o dia. Fumaça de queimadas invadiu estado.

A concentração de partículas poluentes no ar atinge números alarmantes neste período de estiagem no Acre. O pesquisador Alejandro Fonseca, da Universidade Federal do Acre (Ufac), afirma que nesta quinta-feira (21) o nível de poluição do ar chegou a 400 microgramas (mcg) por metro cúbico, quando o indicado é respirar no máximo 25 microgramas desse tipo de partícula por dia, segundo ele.


“Durante o dia, a pessoa deve respirar no máximo 25 microgramas para este tipo de partícula por metro cúbico de ar. A Organização Mundial de Saúde [OMS] afirma que o ar que se respira deve ser limpo e esses parâmetros nos dão uma ideia do quanto poluído está esse ambiente. O efeito sobre a saúde de quem respira esse ar depende de cada um e pode variar também pela faixa etária”, explica.


Os índices, conforme o pesquisador, são mais críticos em municípios que ficam no leste do estado como a capital Rio Branco, Senador Guiomard e Acrelândia.


Os dados são colhidos por um fotômetro que fica na Ufac. O aparelho mede todos os componentes que estão na atmosfera e também acompanha os focos de incêndio. Todas as informações são enviadas para um satélite a 36 mil km de altura.


Ele explica que os índices de poluição aumentaram significativamente desde o dia 11 de setembro e a concentração de microgramas de material particulado – resíduos tóxicos e poluentes causados pela queima de combustíveis fósseis – se espalha pela atmosfera devido às queimadas florestais e urbanas.



O nível de poluição no ar pode ser ainda maior em locais onde há maiores incidências de queimadas. Fonseca afirma que setembro é um dos meses mais críticos por causa da falta de chuvas que deve começar somente a partir de outubro.


“Além da estiagem tem também o acumulado do tempo seco e isso acaba piorando a situação propiciando a maior incidência de queimadas que podem se alastrar, tanto em áreas florestais como urbanas e isso aumenta a concentração de poluentes”, destaca.


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