“O que parece é que estamos voltando à Idade Média”, disse coordenador do Instituo Ecumênico de Rio Branco
Por 6 votos a 5 os integrantes da Corte do Supremo Tribunal Federal decidiram nesta quarta-feira (27) a admissão do ensino religioso nas escolas públicas na modalidade “confessional”.
Nessa modalidade, os professores da rede pública estão autorizados a lecionar como representantes de uma religião, com liberdade para influenciar os alunos.
A decisão, que pode ser vista como polêmica por parte da população acreana, já levantou sérios questionamentos e não conta com apoio de representantes do Instituto Ecumênico de Rio Branco. O secretário geral da instituição, Manoel Pacífico, falou com a reportagem da ContilNet sobre sua visão diante da decisão do STF.
“O Instituto Ecumênico de Rio Branco se posiciona totalmente contra a decisão, que traduz um retrocesso e imaturidade por parte dos ministros do STF. Esse movimento contradiz completamente a compreensão de laicidade no estado e favorece a adoecida disputa de credo nesse cenário. Quantitativamente, sabemos que não há esse equilíbrio no número de profissionais em religiões variadas. O catolicismo e o protestantismo predominam. Definitivamente, o que parece é que estamos voltando à Idade Média. Tornar a disciplina não-obrigatória também é um fator que não resolve a problemática, mas aumenta o desrespeito e desunião”, disse.
Fonte: contilnetnoticias