Levantamento foi feito pelo G1 no período de 21 a 17 de agosto deste ano e divulgado nesta segunda (25). Em todo o Brasil foram registradas 1.195 vítimas de crimes violentos.
O Acre registrou dez mortes violentas no período de 21 a 27 de agosto deste ano. Os dados são de um levantamento foi feito pelo G1 em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP e com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (25).
O projeto, que recebeu o nome de Monitor da Violência, registrou durante uma semana 1.195 mortes violentas, a média foi de uma morte a cada oito minutos no país. Todos os casos registrados no Acre são investigados como homicídios. Seis mortes violentas ocorreram na capital Rio Branco e o restante nos municípios de Acrelândia, Bujari e Xapuri.
Entre as vítimas no Acre, oito são homens e duas mulheres. Os casos variam de brigas em bar como o homicídio de Antônio Jair da Silva Araújo, de 22 anos, morto a facadas durante uma bebedeira na zona rural de Acrelândia. O criminoso foi preso horas depois próximo ao local.
Em outro caso, uma simples discussão entre vizinhos levou Francisco Sales de Oliveira, de 33 anos, à morte. O homem foi morto a machadadas em um ramal no Belo Jardim, em Rio Branco. O motivo da briga seria o aluguel atrasado de Oliveira.
Há ainda casos de vítimas que reagiram a assaltos e até emboscada para matar um agente penitenciário. No caso das duas mulheres mortas no período, uma delas, identificada como Maria do Socorro Carlos Costa, de 44 anos, morreu após ser esfaqueada e chegou a ser encaminhada ao hospital, mas não resistiu.
Já a vida de Maria Cléia Derzer Craveiro, de 72 anos, foi interrompida pelo próprio irmão, que seria dependente químico. A idosa foi morta a tesouradas dentro de casa no bairro Bosque, também na capital acreana.
Brasil
O levantamento do G1 aponta que 89% das vítimas das mortes violentas são homens, em especial os jovens de 18 a 25 anos. Pardos e negros correspondem a 2/3 das vítimas em que a etnia é informada. Além disso, a maior parte dos crimes ocorre à noite e o fim de semana concentra 36% das ocorrências.
Nos casos em que a arma do crime foi informada, o levantamento mostra que 81% das vítimas foram mortas por arma de fogo. Em 15% dos casos, o autor do crime conhece a vítima. Neste período foram registrados 89 suicídios.
Durante o levantamento, apenas duas capitais não registraram mortes violentas durante o período: Vitória e Campo Grande. Florianópolis só aparece na estatística pois teve um suicídio no período.
Por outro lado, mais de 45 cidades registraram índice superior a 10 mortes a cada 100 mil habitantes – índice considerado extremamente alto se for levado em conta o período de apenas sete dias analisados (já que a taxa é usada como parâmetro anual). O Ceará foi o recordista de casos em números absolutos: 128 mortes – quase uma por hora.