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Servidores da Ufac protestam contra cortes de verbas em Rio Branco

Protesto reuniu cerca de 80 pessoas no campus da Universidade Federal do Acre nesta quarta-feira (2); instituição teve corte de R$ 11 milhões nos repasses.

Servidores técnico-http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativos da Universidade Federal do Acre (Ufac) fazem um protesto, nesta quarta-feira (2) em Rio Branco, contra a redução de recursos para as universidades. Ao menos 80 pessoas participam do ato no campus da instituição nesta manhã.


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do 3º Grau (Sintest), Iroelio Alves de Sousa, disse que o movimento tem como foco unir professores, trabalhadores e estudantes em defesa da Ufac.


“A orientação da nossa federação é que as universidades brasileiras fiquem todas paradas hoje [quarta, 2] para fazermos esse ato conjunto em defesa das universidades públicas. Queremos mais qualidade e mais verbas para termos um bom funcionamento. Isso tudo está acontecendo por conta dos cortes que o governo federal já anunciou”, disse.



Sousa reforçou que o ato não fala de corpo http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo e nem de política salarial, mas sim da defesa da universidade. “O ensino a pesquisa e a extensão, que são prioridades, se a empresa não estiver viva como é que vamos sobreviver? Como é que o aluno vai estudar? Como é que o professor vai lecionar?”, questionou.


O presidente do Diretório Central dos Estudantes no Acre (DCE) Richard Silva Brilhante de Carvalho disse que a maior preocupação é com a paralisação que pode ocorrer. Segundo ele, o corte que a universidade sofreu de 16% nas verbas pode prejudicar o funcionamento da instituição.


“Esse corte reflete em R$ 11 milhões. A Ufac só tem recurso para trabalhar até setembro e nossa preocupação maior e que a partir desse período a gente feche as portas como fechou a universidade estadual do Rio de Janeiro [Uerj] e como tem previsão de fechar até agosto várias outras universidades e os alunos fiquem sem estudar”, afirmou.


Carvalho falou ainda que o DCE quer cobrar uma posição dos deputados federais e dos senadores e da própria http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração superior que se posicione em Brasília.


“Queremos que garantam recursos para a nossa universidade continuar aberta. Em relação à Ufac, sabemos que a universidade já está cortando funcionários e está tendo racionamento de várias atividades, como por exemplo do próprio restaurante universitário, que é fundamental para a permanêcia do aluno. Já temos cortes de frutas e de outras coisas e a tendência é piorar”, acrescentou.


A reitora em exercício da Ufac, Guida aquino, enfatizou que essa é uma realidade que ocorre em todas as unidades do Brasil nesta quarta (2). “Tivemos uma reunião de reitores onde todos manifestaram apoio a esse momento. Os cortes orçamentários podem chegar à demissão de terceirizados entre outros serviços, enfim, são várias pautas que hoje o governo federal afeta”, afirmou.


Guida lembrou ainda que instituições grandes do Brasil, como a UNB e a universidade de Goiás, apresentaram em seus orçamentos esses cortes e que estas foram prejudicadas. “Não dá para pagar nem a energia elétrica, limpeza e a vigilância. O momento é difícil, é de força e união. Estamos juntos com os nossos sindicatos apoiando esse momento. Temos que sobreviver e lutar pela universidade pública do nosso país”, finalizou.



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