Etanol e diesel também são considerados os mais caros do Brasil, de acordo com agência. Sindicato de postos diz que ‘revendedores não têm alternativa’.
Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostraram que, com o aumento dos combustíveis, o preço médio da gasolina chegou a R$ 4,37 nos postos do Acre, permanecendo o mais alto do país. O levantamento foi feito entre 23 e 29 de julho e é o mais recente divulgado pelo órgão federal.
A pesquisa foi feita pela ANP em 31 postos de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, as duas maiores cidades do estado. O menor valor encontrado, de acordo com o estudo, foi de R$ 4,20 e o maior foi de R$ 4,95 em um estabelecimento do interior.
Etanol e diesel no Acre
Em relação ao etanol, o preço médio no Acre chegou a R$ 3,65 – encabeçando também a lista de estados brasileiros. O menor e o maior valor cobrado nos postos acreanos, segundo a agência, foram R$ 3,53 e R$ 4,09, respectivamente.
O diesel comercializado no Acre também foi apontado como o mais caro do Brasil. O preço médio na semana pesquisada ficou em R$ 3,78. A agência apontou ainda que o menor valor foi de R$ 3,60 e o maior de R$ 4,27.
‘Revendedores não têm alternativa’, diz sindicato
Em nota, o Sindicato dos Postos de Combustíveis do Acre (Sindepac) ressaltou que a carga tributária é a grande vilã pelos custos aos bolsos dos acreanos. “Devido ao cenário econômico nacional e local, os revendedores não têm alternativa a não ser repassar os aumentos aos consumidores”, disse o presidente do Sindepac, Delano Lima.
O sindicalista salientou que outros problemas também afetam os empresários do estado, como “os custos operacionais dos postos, que aumentam na proporção em que o governo eleva não só a carga tributária, mas também itens de consumo direito, como é o caso da energia elétrica”.
Aumento
No dia 20 do mês passado, o governo federal anunciou um decreto que aumentava a alíquota do PIS e Cofins sobre os combustíveis. A tributação sobre a gasolina subiu R$ 0,41 por litro; a do diesel, R$ 0,21; e a do etanol, R$ 0,20 por cada litro.
O decreto chegou a ser suspenso no dia 25 de julho. No entanto, a Advogacia Geral da União recorreu e, no dia seguinte, o Tribunal Regional Federal (TRF-1) anulou a decisão que suspendia o aumento.