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Por causa de assaltos, motaxistas e taxistas evitam corridas em alguns bairros de Rio Branco

Categorias pedem mais segurança e alegam uma média de seis assaltos por dia. ‘Queremos polícia nos bairros’, diz sindicato.

A insegurança tem afetado diretamente os mototaxistas e taxistas de Rio Branco. Os casos de assalto são tão constantes que os sindicatos dos Táxis e Mototaxistas (Sindmoto) alegam que não atendem mais alguns bairros por causa das ocorrências de assalto.


O presidente dos taxistas, Esperidião Teixeira, diz que seis assaltos são registrados por dia nas categorias e querem se reunir com a Segurança Pública do Acre para pedir mais segurança nos bairros da capital.


G1 tentou um posicionamento da Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp-AC) por dois dias, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.


“A onda de assaltos é absurda, ninguém registra mais queixa. Há bairros como Caladinho, Seis de Agosto, Ramal Bom Jesus, que a gente não vai mais porque é só pra ser assaltado. Esses bairros, infelizmente, vão ficar desabastecidos de táxi. Não é que o passageiro assalte, mas quando você volta da corrida, é abordado e levam tudo nosso”, diz Teixeira.


Inclusive, na última sexta-feira (4), o filho do sindicalista, que também é taxista, passou duas horas no porta-malas do carro refém de bandidos após atender uma corrida no bairro Seis de Agosto. De acordo com Teixeira, muitas vezes, os criminosos querem o carro para cometer alguns crimes.


“Renderam ele, não machucaram, mas queriam o carro para matar alguém. Isso é o que está acontecendo. Os assaltos são diários e ninguém está atendendo cliente à noite, a não ser que seja um telefone cadastrado que você sabe que é um cliente mesmo”, explica.


O pedido das categorias é que seja reforçado o policiamento nos bairros e que também sejam feitas blitz durante a noite. “Alguma coisa precisa ser feita. A cidade está em uma guerra de facções terrível e no meio dessa guerra estão os taxistas, porque a gente transporta sem saber quem é quem. E a saída que temos é recusar algumas corridas mesmo”, destaca.


Teixeira explica que as chamadas passam por uma triagem e que as consideradas suspeitas não são feitas pelos taxistas, pois, muitos não querem se arriscar. “Corrida eventual, por exemplo, o cara que quebrou o carro, a gente não atende. A Segurança precisa fazer alguma coisa. Todo dia tem assalto e o mais preocupante é que ninguém está registrando queixa porque não confirma que seja feita justiça”, reclama.


O presidente do Sindicato dos Mototaxistas (Sindimoto), Luiz Araújo, confirma a situação de insegurança e diz que muitos mototaxistas não rodam mais à noite. “Realmente tem bairro que as duas categorias não entram mais, tentam fazer viagem de dia ainda, mas a partir das 18 h não entra. É complicado, estamos clamando por Justiça”, completa.


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