José Lima estava desaparecido desde o dia 20 e o corpo dele foi achado na terça (29) enterrado em uma mata. Polícia diz que dupla matou adolescente e terceiro suspeito forneceu arma e enterrou o corpo.
A Polícia Civil disse, nesta quarta-feira (30), que já identificou três suspeitos de matar o adolescente José da Silva Lima, de 16 anos, que despareceu no último dia 20 deste mês. O corpo de Lima foi encontrado na tarde desta terça-feira (29) em um matagal no bairro São Francisco, em Rio Branco. O cadáver, segundo a polícia, estava enterrado em uma cova rasa e apresentava marcas que podem ser de tiros.
“Identificamos três suspeitos do crime. Dois teriam matado o José, um foi o mandante e forneceu a arma e depois os outros dois enterraram o corpo”, disse o delegado responsável pelo caso, Rêmulo Diniz.
O delegado falou ainda que não vai revelar os nomes para que as investigações não sejam comprometidas. Ele disse que o motivo da morte seria uma briga que começou em um campo de futebol, no bairro Edson Cadaxo, onde o adolescente havia jogado bola antes de ser morto. Ainda segundo Diniz, o adolescente foi agredido por duas pessoas e arrastado para a mata que fica próximo ao Igarapé São Franciso, onde efetuaram dois disparos.
“No corpo tem pelo menos duas perfurações de tiros, mas só o IML [Instituto Médico legal] vai poder confirmar isso. Houve disparo de arma de fogo o que a gente não sabe é se houve violência com outros objetos, faca ou pedaços de pau. Ele também foi agredido fisicamente. Mas vamos aguardar o laudo cadavérico paara ver as lesões e o motivo real da morte, uma vez que o corpo já estava em decomposição”, explicou.
Sobre a possibilidade de a vítima ter algum envolvimento com facções criminosas, o delegado falou que não há nenhum indício que aponte isso.
“Ele era um menino muito jovem, não temos como afirmar que ele tenha qualquer envolvimento. A colaboração da família foi imprescindível, isso é importante para a investigação. Eles nos auxiliaram nas buscas até que ontem [terça-feira, 29] achamos a cova rasa onde estava o corpo”, falou.
O delegado afirmou ainda, que os videos, em que aparecem as últimas imagens do adolescente antes dele desaparecer, foram filmados por câmeras de segurança um pouco antes de o crime ocorrer. Diniz afirma que a investigação é extensa e que não vão divulgar a linha de investigação.
“O local é de dificil acesso, foi necessário um grande trabalho de campo e tudo isso dificulta as investigações. Essas imagens se deram antes de qualquer agressão. Depois disso ele some das câmeras e é ai que ele é surpreendido pelas pessoas que o agrediram. Muito provavelmente seriam esses os autores do homicídio que levaram ele até a mata”, diz.
Entenda o caso
Amigos de Lima disseram que, no dia do desaparecimento, ele foi até a quadra, jogou algumas partidas e chegou a falar com o avô. Na última quarta (23), uma equipe do Corpo de Bombeiros, acompanhada da família, fez buscas no matagal, próximo ao igarapé São Francisco, local onde os objetos pessoais foram achados.
No dia seguinte, o caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Na ocasião, o delegado Rêmulo Diniz, disse que o encaminhamento se deu por causa de indícios que o adolescente tenha sofrido algum tipo de violência.
Na terça (29), corpo do adolescente foi encontrado. De acordo com a polícia, o cadáver estava enterrado em uma cova rasa e apresentava marcas que podem ser de tiros.
“Fazia nove dias que o corpo estava enterrado e havia sinais de perfuração que podem ser por arma de fogo. Tudo indica que foram efetuados ao menos dois disparados contra a vítima, que pode também ter sofrido tortura antes de ser executado. Era uma cova rasa, mas em local de difícil acesso, o que vai dificultando as buscas”, falou o delegado Rêmulo Diniz.